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D. Alves nega recusa em viagem com Fla: 'Recebi porrada de tudo que é lado'

Goleiro Diego Alves falou pela primeira após três meses da polêmica  - Thiago Ribeiro/AGIF
Goleiro Diego Alves falou pela primeira após três meses da polêmica Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/01/2019 12h32

Após três meses de silêncio, o goleiro Diego Alves, enfim, falou pela primeira vez após o episódio onde foi acusado de ter se recusado a viajar com o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de 2018. Ao lado da nova diretoria de futebol do clube, ele negou que tenha tomado essa atitude, demonstrou mágoa com os antigos dirigentes e revelou que viveu momentos difíceis com as críticas que recebeu.

"Em nenhum momento quero a titularidade assegurada. Na Europa sempre teve revezamento. Em três meses falaram inverdades, denegriram minha carreira, atingiram minha família. Durante três meses, a primeira ligação que recebi do clube foi das pessoas que estão aqui hoje. Tive uma conversa franca com o Dorival Júnior (técnico) antes dele ir. Aí tive ainda mais certeza de quem fez essa coisa suja tentando denegrir minha imagem. Recebi porrada de tudo que é lado, de pessoas que nem me conhecem", desabafou.

Nesta sexta-feira (4) o UOL Esporte trouxe a informação de que as arestas entre as partes foram aparadas e Diego Alves permanecerá no Flamengo em 2019. De acordo com o goleiro, conversas com o vice de futebol, Marcos Braz, e, principalmente, com o técnico Abel Braga, foram fundamentais para sua decisão de ficar.

"Eu tinha que resolver essa situação interna com o Flamengo. O Marcos Braz me ligou logo que assumiu. Conversamos. Depois tive uma conversa muito franca com Abel. Falei o que penso e a verdade. Ele é a pessoa responsável por eu estar hoje aqui", disse.

Diego Alves também fez questão de elogiar seu companheiro de setor César, que acabou o substituindo e ficou no meio da polêmica criada:

"Ninguém sabe o que acontece aqui dentro. César é um menino maravilhoso. Fico feliz porque ele correspondeu. O Flamengo tem que dar valor à base. Não se ganha no grito. Nunca exigi nada. No meu contrato não diz que devo ser titular. Conversei com César e com todo o elenco".

Em tom duro, o goleiro apontou o motivo que, em sua concepção, fez a antiga diretoria alegar que ele havia se recusado a viajar.

"Nunca recusei uma viagem na minha vida. Sou profissional. O clube está acima de qualquer jogador. Nunca tinha passado por isso. Levaram a notícia completamente distorcida. Vocês sabem muito bem quem é da diretoria passada. Desviaram o foco da venda do Paquetá para mim", desabafou.