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Mancini barra medalhões, muda rotina de Jardine e quer "animar" São Paulo

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

18/02/2019 04h00

Vagner Mancini teve a sua estreia à frente do cargo de treinador interino no São Paulo. Com emprego garantido até abril, na chegada de Cuca, ele aproveitou o clássico de ontem contra o Corinthians para já mudar a rotina que era vista com André Jardine.

O primeiro passo foi barrar os medalhões. Diego Souza, Nenê e Jucilei ficaram no banco de reservas. Considerados responsáveis pelo período de boa fase sob o comando de Aguirre, os três devem ter cada vez menos protagonismo com a mudança no comando.

A troca foi feita por Mancini para que a equipe pudesse ter mais velocidade no meio-campo e uma "transição melhor", como definiu o próprio treinador. 

"Preciso tornar essa equipe mais leve, que tenha mais volume, que tenha mais chances de gol e que seja uma equipe com domínio territorial", explicou ele em coletiva.

Mancini ainda fez movimentos poucos vistos nos tempos de Jardine. Na hora de olhar para a base, a rotina também foi quebrada. Se Helinho era o principal garoto a receber chances, inclusive na tentativa de evitar o vexame contra o Talleres, agora, o nome da vez é o de Antony. 

Destaque na Copa São Paulo, ele tinha entrado em só três ocasiões até o clássico, com 137 minutos disputados. Helinho, por sua vez, já havia entrado em campo seis vezes e disputou 375 minutos na temporada.

Além das trocas táticas e técnicas, Mancini afirmou que sua principal missão será animar seus jogadores. O treinador disse que o time está com autoestima muito baixa e que isso impossibilita que alguns atletas desempenhem a melhor função dentro de campo.

"É difícil falar em técnica porque hoje faltou isso, mais uma vez. Difícil falar em técnica quando você tem um desequilíbrio mental. O atleta não consegue render o máximo se tiver algum problema mental. Estamos com a autoestima baixa dentro de campo. É isso que temos que corrigir. Nós oscilamos dentro do jogo e não foi parte física, nem técnica. Enxergo a gente muito abaixo do que pode render", analisou Mancini.

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