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Di Maria cresce no PSG sem Neymar e faz jus a pedido de time do brasileiro

Di María marcou dois na partida contra o Dijon pela Copa da França -  Philippe LOPEZ / AFP
Di María marcou dois na partida contra o Dijon pela Copa da França Imagem: Philippe LOPEZ / AFP

João Henrique Marques

Do UOL, em Paris

27/02/2019 04h00

Sem Neymar, Cavani e Mbappé, o Paris Saint-Germain entrou em campo para encarar o Dijon, pelas quartas de final da Copa da França, na noite de terça-feira, no Parque dos Príncipes, com a impressão de que sofreria para vencer. Só que a atuação de Ángel Di Maria, autor de dois gols na vitória por 3 a 0, deixou claro sua importância na temporada que marca a ressurreição no clube. A titularidade do argentino sempre foi um pedido de Neymar, por acreditar que o time fica mais produtivo ofensivamente com o companheiro.

Desde a lesão de Neymar em janeiro, Di Maria tem dividido o posto de protagonista do PSG com Mbappé. No período, o argentino realizou 8 jogos, tendo marcado 6 gols e contribuído com 3 assistências. Na temporada, são 35 jogos e 10 gols.

Reserva no time ideal de Unai Emery na última temporada, Di Maria ganhou posto de intocável na escalação de Thomas Tuchel e correspondeu com gols importantes e boas atuações. Diante do Dijon na última terça, o gol que abriu a vitória foi em um lindo toque de cobertura, uma amostra do alto nível de confiança do argentino.

"Ele sempre joga para marcar e ganhar, e vimos que ele tinha todas as qualidades para encabeçar o nosso ataque. Na ausência de Cavani, Neymar e Mbappé um cara como ele é obrigatório estar em campo. Um jogador de raça e sempre com passes agudos", destacou Tuchel após a partida em casa.

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Neymar e Cavani estão lesionados. Já a ausência de Mbappé ocorreu por opção do treinador. Essa foi a primeira vez que Di Maria atuou no PSG sem nenhum de três badalados atacantes ao lado.

Escalar Di Maria ao lado do trio do PSG parecia impossível. Só que Tuchel não abriu mão do argentino, e viabilizando a opção com o deslocamento de Neymar para o meio-campo. Assim, o argentino assumiu o posto do brasileiro na frente ao atuar pelo lado esquerdo.

"Tem que perguntar para o treinador como fazer isso (jogar ao lado de Neymar, Cavani e Mbappé), mas quando eu estive no Real Madrid joguei com Cristiano (Ronaldo), Benzema e Bale como atacantes e eu no meio-campo com Modric e Xabi Alonso. Acho que encaixou e acho que esse treinador gosta dessa possibilidade. Estou disponível para jogar na posição que seja. E tratar de sempre se fazer o melhor", comentou Di Maria.

A escolha por Di Maria em muito se deve ao fato de o argentino ter no currículo um título da Liga dos Campeões. Em 2014, na conquista com o Real Madrid, ainda foi eleito pela UEFA o melhor jogador da final na vitória por 4 a 1 na prorrogação contra o Atlético de Madri.

"Ele venceu a Champions e isso pesa. Eu tinha assistido a vários jogos dele, e foi um homem chave da campanha do Real. Eu sou grande fã de sua mentalidade e qualidade. Para mim é um presente ter um jogador como ele no elenco", voltou a elogiar Tuchel.