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Será que Neymar viria para o Carnaval se fosse jogador de Barça ou Real?

Neymar chegou no Carnaval de Salvador por volta das 22h - Ali Karakas/Divulgação
Neymar chegou no Carnaval de Salvador por volta das 22h Imagem: Ali Karakas/Divulgação

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

06/03/2019 04h00

O Carnaval de Neymar foi agitado. O craque do PSG curtiu dias de festa em camarotes de Salvador e na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. Viu seu nome envolvido em polêmicas com a ex-namorada Bruna Marquezine, com o affair com Rafaela Porto e também com a cantora Anitta. O problema? O atacante do Paris Saint-Germain se recupera de uma fratura no pé direito e veio ao Brasil para continuar o tratamento, mas não poupou energias na folia.

Com tanta polêmica, o UOL Esporte resolveu entrar em contato com alguns ex-jogadores sobre a postura do jogador. Um deles, o ex-jogador de São Paulo, Palmeiras e da seleção brasileira, Müller tem uma visão interessante do fato:

Ele é maior que o PSG e maior que o campeonato Francês e sabe que tem essa soberania. É bom dizer, também, que se ele estivesse jogando no Real Madrid ou no Barcelona ele não estava pulando o Carnaval, até porque no Barcelona ou no Real ele seria mais um, como foi no Barcelona".

Müller, porém, é enfático ao dizer que as críticas são exageradas: "Fora de campo, a vida é dele e ele faz o que quiser. Não é refém de ninguém. Ele sabe da sua condição, sabe das suas limitações", analisou.

Ídolo do São Paulo e do Santos, Serginho Chulapa lembrou d euma anedota interessante quando foi perguntado sobre o caso. "Uma vez, desfilei na Camisa Verde [escola de samba] às 5 da manhã. Foi diferente, eu não estava machucado, mas cheguei no treino de fantasia e tudo. Foi na época do Santos e o treinador era o Castilho. Cheguei baleado, fiquei cheio de purpurina e o treinador falou: 'Pelo amor de Deus, leva ele embora'. Eu fui levado pra casa e quando eu voltei, na quarta-feira, fiquei no banco. A torcida pediu por mim, eu entrei e fiz dois gols".

Serginho ressalta que Neymar deve ser cobrado pelo que faz em campo: "Não podemos fazer uma tempestade em copo d'água. Ele tem que ter a liberdade dele. Em todo o lugar que passou, correspondeu. É um cara fora de série e eu estou falando isso porque eu vi crescer. Se eu estivesse jogando hoje, eu ia fazer a mesma coisa, sem medo. Tem que respeitar a privacidade do cara. Deixa que ele resolve".

Já Careca, ex-atacante da seleção brasileira, com passagens pelo São Paulo e Napoli, ponderou a situação. "Se ele fez isso, é porque deve estar melhor. Cada um tem a sua maneira de pensar e de agir. Ele veio curtir como já veio várias vezes. Na minha época, a gente tinha as nossas folgas pra vir ao Brasil. Não quando estava machucado, também não durante o Carnaval, mas no Natal a gente podia passar com a família", relembrou.

No entanto, não deixou de cobrar resultados do principal nome da atual seleção brasileira: "Se ele foi brincar, é porque ele está bem, né? Vamos dizer assim: ele deve estar praticamente recuperado. E é bom que esteja, porque a seleção brasileira e o PSG dependem muito dele".