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FPF revela ângulo do VAR e vê gol legal. Palmeiras rebate: "Paulistinha"

Federação Paulista de Futebol (FPF) aprova decisão de Raphael Claus em jogo do mata-mata do Estadual - Reprodu
Federação Paulista de Futebol (FPF) aprova decisão de Raphael Claus em jogo do mata-mata do Estadual Imagem: Reprodu

Do UOL, em São Paulo

23/03/2019 20h09

Um lance do empate por 1 a 1 entre Novorizontino e Palmeiras tem causado polêmica na estreia do árbitro assistente de vídeo no futebol paulista. Enquanto o Alviverde reclama de um toque de mão na origem do gol sofrido hoje, nas quartas de final do Campeonato Paulista, a Federação Paulista de Futebol (FPF) alega que a jogada foi legal. Em publicação em seu perfil oficial nas redes sociais, a entidade revelou um dos ângulos usados pelo VAR, mas foi rebatida pelo Alviverde.

"Lance checado, todos os ângulos analisados, gol legal", escreveu a FPF no Twitter, com um vídeo e frames do exato momento em que Murilo, meia do Novorizontino, intercepta passe de Antônio Carlos e dá início à jogada do gol do time do interior. Minutos depois o Palmeiras respondeu a publicação. "Federação Paulista defende o indefensável. É a mesma postura do Paulistinha do ano passado", escreveu o perfil oficial do clube.

A rixa entre clube e Federação é antiga, fomentada principalmente pela final do Estadual de 2018. Na ocasião, o Alviverde foi vice-campeão em casa, derrotado pelo Corinthians nos pênaltis, mas alegou interferência externa em uma das decisões da arbitragem. À época o VAR não existia, mas o Palmeiras defendeu que um funcionário da FPF teria recebido informação via celular e então passado ao árbitro do campo.

Desta vez a polêmica se dá em um domínio de bola de Murilo, meia do Novorizontino, que interceptou passe no campo de ataque e deu início à jogada que resultaria no gol do time do interior sobre o Palmeiras. O Alviverde reclama que o jogador dominou com o braço e critica o árbitro Raphael Claus por não ter ido até a beira do campo para rever o lance na TV do VAR, que justamente hoje faz sua estreia no futebol paulista.

Claus chegou a se comunicar com a equipe do VAR antes de validar o gol e autorizar o reinício da partida (assista abaixo). Foi no segundo tempo que o árbitro assistente de vídeo entrou em ação pela primeira vez no Campeonato Paulista: em um cruzamento à área do Palmeiras, a bola bateu no braço do zagueiro Antônio Carlos. A princípio Raphael Claus mandou o jogo seguir, mas assim que a bola saiu consultou o árbitro de vídeo e decidiu rever o lance na televisão. Menos de dois minutos depois, assinalou pênalti.

Fernando Prass defendeu a cobrança de Murilo, e o Palmeiras buscou empate. Após deixar o campo, o goleiro alviverde não poupou a arbitragem de críticas. "Eu estava de frente para a jogada, não tinha ninguém tapando a visão. A bola bateu na mão dele, só que os caras complicam algo que não precisa complicar. O VAR vem para ajudar, por que o Claus não fez o mesmo procedimento na hora do pênalti? Por que na hora do gol, lance capital, não foi lá ver o monitor? Se complica à toa, ou não, né? A gente fica até meio sem saber o que pensar. É uma situação tão fácil. Tivemos duas ou três palestras sobre o VAR. Em lances de dúvida o árbitro tem toda autonomia para consultar. Custaria dez ou quinze segundos para consultar no monitor", disse Prass.

O VAR passou a ser utilizado após uma série de testes nos estádios das equipes classificadas às quartas de final. No Estádio Jorge Ismael De Biasi, o procedimento aconteceu na última quarta-feira (20), durante o jogo entre Novorizontino e Ferroviária. Na ocasião, o VAR foi usado de forma offline, sem comunicação entre o trio de arbitragem e a sala de vídeo.

O jogo de volta ocorrerá na próxima terça-feira (26), no Pacaembu, às 21h (de Brasília). Os times jogam por uma vitória simples para avançar às semifinais do Estadual. Se ocorrer um novo empate, a decisão será nos pênaltis.

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