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Como o Inter pretende defender lado frágil e atacar falhas do Grêmio

Odair Hellmann tem definido como pretende vencer o Grêmio na final do Gauchão - Ricardo Duarte/Internacional
Odair Hellmann tem definido como pretende vencer o Grêmio na final do Gauchão Imagem: Ricardo Duarte/Internacional

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

16/04/2019 04h00

O Inter tem um diagnóstico do confronto contra o Grêmio. Apesar de se considerar superior no duelo de ida da final do Gauchão, o empate deixou um legado de cuidados defensivos e lacunas a explorar no adversário. E isso pode implicar em mudanças na equipe para o duelo de volta, na próxima quarta-feira às 21h30 (de Brasília), na Arena.

Proteger o lado direito defensivo

A primeira lição deixada pelo empate sem gols é que o pior poderia ter acontecido pela direita. Ainda que Zeca tenha recebido elogios pelos embates com Everton, foi por ali que o Grêmio criou suas principais oportunidades.

As chances surgiram a partir do deslocamento de Jean Pyerre do centro para o lado, o aproximando de Everton e Bruno Cortez. O espaço, também utilizado por De la Cruz no empate contra o River Plate, deixou o rival com superioridade numérica ao menos duas vezes em que Cortez "sobrou" para cima de D'Alessandro.

O setor de marcação que começa por D'Ale, além de Zeca também tem Edenílson. Mas nem os deslocamentos deles foram suficientes para conter as chances. Por sorte, Cortez errou os gestos técnicos de cruzamento, irritando Renato Gaúcho.

O cuidado por ali não significa empilhar jogadores, mas tentar "segurar" o lateral na defesa com a utilização de um atleta mais intenso. Ou seja, D'Alessandro pode simplesmente inverter o lado com Nico López ou ainda dar lugar a Guilherme Parede ou William Pottker.

"O Grêmio num contexto todo é um bom time, não só o Everton individualmente, mas sabemos que ele (Everton) tem o drible, a característica de ir para cima do marcador. O Zeca conseguiu conter as ações dele, é quem fica mais próximo. Mas podemos estar mais próximos para fazer uma cobertura, ajudar. O Pottker também vai para cima, não sei se ele joga, mas é um jogador que tem um contra um muito forte e dificultaria as ações do lateral dele, que no começo da partida nos deu bastante trabalho", explicou Edenílson.

Usar as costas dos laterais

Na análise do técnico Odair Hellmann, o caminho para chegar ao gol do Grêmio é o movimento ofensivo dos dois laterais de forma simultânea. O Grêmio tem por identidade utilizar os volantes na construção das jogadas, com os dois laterais dando opções ofensivas ao mesmo tempo pelos lados, somados aos extremas, o meia e o atacante.

Tanta gente assim à frente da linha da bola abre brecha para uma das principais armas do Inter: o contra-ataque. Utilizando jogadores de flanco bem abertos e procurando as enfiadas em profundidade pode ser o caminho, sob a ótica vermelha.

"O Grêmio espeta os dois laterais ao mesmo tempo. Lá (na Arena), vão atuar do mesmo jeito, com jogo apoiado, de posse de bola, batendo até achar espaço num erro ou infiltração. Mas tem que saber que neste momento temos um contra-ataque muito forte. Essa exposição dos laterais pode nos dar campo. Esse é o jogo de xadrez que vamos lá para jogar em busca do título", explicou o técnico Odair Hellmann.

O último treinamento do Inter antes do clássico acontece nesta terça. Há duas dúvidas no time. A primeira função do meio-campo entre Rithely, que deixou o jogo de ida ainda no primeiro tempo lesionado, e Rodrigo Lindoso. E pela direita com D'Ale, Parede e Pottker.

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