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Antiga aposta de Roger no Grêmio vai parar na Finlândia atrás de chances

Matheus Batista, ex-Grêmio, apresentado pelo SJK, da Finlândia - Divulgação
Matheus Batista, ex-Grêmio, apresentado pelo SJK, da Finlândia Imagem: Divulgação

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

20/04/2019 04h00

Em agosto de 2015, o Grêmio vibrava com a mais nova promessa de suas categorias de base. Contratado por empréstimo do Novorizontino-SP depois de jogar no Corinthians, Matheus Batista encheu os olhos de Roger Machado em treinamentos e não demorou a receber chances na equipe. Mas o futuro que poderia ser o mesmo de Luan, Everton, Pedro Rocha, e companhia, acabou tomando outro rumo.

Em 2015, Batista ainda era considerado jogador das categorias de base. Em 2016 é que se firmou no principal e passou a concorrer por chances reais. E até teve algumas. Foram 14 jogos no total, com dois gols marcados. A saída de Roger Machado, porém, atrapalhou um pouco os planos de aproveitamento na equipe. Era o atual técnico do Bahia que apostava alto nele.

"Eu acredito que oportunidade eu tive e, nos jogos em que entrei, fui bem nos minutos que joguei. No primeiro ano, fiz dois gols nos primeiros quatro jogos, mesmo tendo poucos minutos. Depois que retornei do Tondela (de Portugal), também entrei como opção em jogos do Brasileirão e fiz gol. É sempre difícil entender as escolhas de um treinador, mas sempre respeitei", disse.

Sem espaço, no início do ano seguinte o atacante foi emprestado ao Tondela, de Portugal. "A chegada a Portugal foi bem mais tranquila que essa agora. Lá dá para entender a língua, e o frio e bem menos intenso que aqui. Foi um período bom onde pude amadurecer mais e ganhar uma grande experiência", acrescentou.

Centro de Treinamento do SJK pronto para suportar o frio da Finlândia - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

De volta ao Brasil após o vínculo, o jogador jogou mais quatro partidas pelo principal do Grêmio e marcou um gol. Em janeiro de 2018 o Tricolor o liberou para assinar com o Tubarão-SC. E por lá veio a sequência. Foram 16 jogos com cinco gols no primeiro ano e mais um gol em sete jogos neste início de temporada até pintar uma oportunidade diferente na carreira: a transferência para o SJK da Finlândia.

"A expectativa é poder levar o clube às primeiras posições, voltar a jogar, porque fiquei dois meses me recuperando de uma lesão, e fazer muitos gols. Depois disso, o próximo passo é consequência do que eu fizer a cada temporada", disse. "Procurei me informar bem sobre o futebol do país, pesquisando sobre o clube e o campeonato finlandês. Sei que é um futebol de muita força, times bem compactados, pouco espaço e poucas faltas", completou.

Ao ler a cartilha sobre o país do norte europeu, um tópico poderia assustar de cara: a temperatura. Por lá chega a fazer 20 graus negativos e períodos, dependendo da região do país, em que simplesmente o sol não aparece no inverno. No verão, o contrário também é verdadeiro com fenômenos naturais que encurtam a noite, deixando os dias com períodos de aproximadamente 19 horas de sol.

"Pronto a gente sempre tem que estar, para qualquer coisa. É um sonho que vai se realizando, e para chegar onde eu quero chegar vai ter muitas dificuldades. É preciso superar cada uma delas", disse otimista.

E para driblar o frio, o clube conta com centro de treinamentos adaptados, algo que agradou o jogador e seu estafe, que optaram pela saída para o país exatamente por entender que o local daria condições de crescimento ao jogador.

"A estrutura de trabalho é muito boa, tem centros de treinamentos prontos para encarar o frio que faz aqui, o estádio é bonito e bem cuidado, a torcida vai aos jogos. É superior a times da Série B do Brasileirão", finalizou.

A estreia de Batista pelo SJK deve acontecer na próxima segunda-feira. Seu time, campeão nacional em 2015 e atual vice-líder da competição, encara o Ilves Tampere. O vínculo na Europa vai até o fim do ano e trata-se de um empréstimo com cláusula de compra junto ao Tubarão-SC.

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