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"Reidriguinho" coroa melhor início de ano da carreira com protagonismo

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Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

20/04/2019 18h35

Quando foi apresentado pelo Cruzeiro, no final de janeiro, Rodriguinho sequer imaginava que cairia nas graças da torcida tão rapidamente. Passados menos de três meses desde que chegou ao clube, o meia já comemora seu primeiro título mineiro com a equipe, alcançado diante do Atlético, neste sábado. Melhor que isso, ele foi o protagonista celeste na conquista do estadual, algo que pode ajudá-lo com o objetivo de voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira. O início tão animador surpreendeu até mesmo o próprio atleta, que custou nada menos que R$15 milhões, mas que justifica cada vez mais o apelido de 'Reidriguinho'.

Por ter jogado no Egito, Rodriguinho chegou com algumas desconfianças. Ao mesmo tempo, sua última passagem pelo Corinthians deixou no ar a alta expectativa ao seu redor. E isso foi se confirmando logo de cara, nos primeiros jogos. Com poucas partidas, o meia reviveu os tempos áureos do clube paulista, e tornou um goleador nato, ficando em desvantagem apenas quando teve seus números comparados aos do artilheiro Fred. Em alguns momentos, chegou a camuflar e tomar para si o protagonismo do centroavante e de outros colegas de clube.

À medida que o tempo passava, Rodriguinho não escondia estar surpreso com seu desempenho em campo. Não só pelos gols e assistências, mas principalmente por ter encaixado perfeitamente no setor ofensivo do Cruzeiro. A intenção de Mano Menezes era escalá-lo ao lado de Thiago Neves, ídolo da torcida. Contudo, recentes lesões do camisa 10 não deixaram o técnico avaliar essa experiência. Enquanto isso, Rodriguinho seguiu provando que sua presença no time titular era cada vez mais necessária. Sempre próximo das jogadas, ele se tornou um meia cada vez mais decisivo, nas palavras do treinador. Agora, é Mano quem terá que decidir como colocar Thiago Neves no time, já que o camisa 10 volta com o setor ofensivo bastante entrosado até o momento.

Destaque tanto no estadual quanto na Libertadores, o meia já figura entre as contratações de 2019 que mais chama atenção até aqui. A ascensão meteórica também credencia o jogador a ser comparado com outros armadores que o Cruzeiro já teve, como Éverton Ribeiro, Thiago Neves, Arrascaeta e Montillo. Nenhum deles, porém, teve um desempenho tão alto em tão pouco tempo. Agora campeão mineiro, o meia parte segue com o time para outros desafios. Tratada como obsessão, a Libertadores é o principal deles, seguida pelo Brasileirão e, quem sabe, um tricampeonato consecutivo da Copa do Brasil.