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Conca diz que se aposenta bem fisicamente e culpa 'falta de felicidade'

Argentino defendia o Austin Bold no futebol dos EUA em 2019; agora, continuará morando no país - Divulgação
Argentino defendia o Austin Bold no futebol dos EUA em 2019; agora, continuará morando no país Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

25/04/2019 20h44

Darío Conca anunciou na última terça-feira (23) a decisão de se aposentar do futebol profissional. Aos 35 anos, o argentino, com passagens por Vasco, Fluminense e Flamengo, reforçou hoje não sentir mais felicidade em campo, embora esteja em boas condições físicas.

"Decidi parar porque já não sentia a mesma felicidade que sentia em outros momentos. Por não sentir mais essa felicidade, decidi parar", explicou, em entrevista à ESPN Brasil. "Fisicamente eu estou bem, não tive mais nada em relação à lesão do joelho. Mas eu não sentia mais a felicidade de jogar. Decidi dar espaço para outros jogadores."

Em 2019, Conca acertou com o Austin Bold (EUA) para disputa a USL Championship, campeonato de segundo escalação do futebol norte-americano. Agora, com as chuteiras penduradas, a meta é fazer um curso de treinador - sem, no entanto, pensar em seguir a carreira em um primeiro momento.

"Eu vou começar a fazer o curso de treinador. Mesmo sem pensar em ser treinador, quero aproveitar o conhecimento, e isso pode me ajudar em outras coisas. Tenho alguns projetos, uma marca de roupa na China. Também gostaria de trabalhar com crianças', explicou o argentino, que quer também começar a jogar golfe.

"Sempre tive o desejo de jogar golfe, mas nunca tive tempo. Agora, estou com tempo, já estou fazendo curso e é uma coisa que tem me deixado muito feliz. É um grande desafio. Eu gostaria de ser profissional. Vou começar como uma brincadeira, um jogo, vou ver o que dá para melhorar e quem sabe chegar a um torneio profissional. Seria muito bonito", disse.

Vida nos EUA

O fim da carreira nos gramados deverá manter Conca morando nos Estados Unidos. Mesmo tendo atuado em clubes de Argentina, Brasil e China durante boa parte da carreira, a meta por ora é se estabelecer no país da última equipe.

"Hoje minha vida é em Miami. Já tinha pensado há muitos anos que quando parasse de jogar futebol profissional, gostaria de ficar por aqui. As coisas mudam muito rápido na vida e eu tenho amigos em muitos lugares. Mas hoje, minha ideia é ficar por aqui mesmo", disse Conca, que se declarou torcedor do Boca Juniors "desde pequeno".

Confira outros trechos da entrevista:

Passagem pelo Flamengo em 2017

"A passagem pelo Flamengo foi muito curta. Era um contrato de um ano e só comecei a jogar depois de seis meses. Estava com uma lesão séria. Não me arrependo. O Flamengo me abriu as portas e me ajudou em um momento difícil da minha carreira. Era uma lesão difícil de tratar e o Flamengo me abriu as portas para ajudar e para eu voltar a jogar."

Fluminense

"O time que mais me marcou foi o Fluminense. Eu mesmo não achei que poderia conquistar tanto e o Fluminense foi esse time onde eu tive mais sucesso, mais conquistas."

Futebol chinês

"A China ajudou muito. Eu cheguei com um pouco de desconfiança, mas sabia que faria aquilo que amava, jogar futebol. Eu me entreguei 100% e hoje é uma alegria ver o futebol chinês crescendo, se desenvolvendo, e poder olhar para trás e ver que fui um dos primeiros a aceitar jogar lá. Tive dois filhos que nasceram lá também."

Argentina

"Os argentinos adoram o futebol brasileiro. Acho que naquele momento não era comum chamar jogadores que jogavam no Brasil para a seleção argentina. Eu me sentia pronto, eu estava bem, era meu melhor momento, mas jogar na seleção argentina, na brasileira é muito difícil."