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Como o Avaí chega para a disputa do Campeonato Brasileiro 2019

Frederico Tadeu/Avaí
Imagem: Frederico Tadeu/Avaí

Do UOL, em São Paulo

26/04/2019 04h00

Dono da melhor campanha do Catarinense durante a fase de classificação, o Avaí sentiu o primeiro choque de realidade ao ser eliminado pelo Vasco na Copa do Brasil, com duas derrotas. O time de Geninho só havia medido forças com a Chapecoense entre as equipes da Série A, no ano em que o Leão volta à elite. Campeão estadual, o Avaí inicia o Brasileirão com a missão de não cair para a Série B logo em seu retorno, e assim encerrar uma série de acessos e rebaixamentos ano após ano, que se inicia com a subida em 2014, queda em 15, acesso em 16, queda em 17 e novo acesso no ano passado.

O Avaí inicia o Brasileirão com uma equipe que mostrou equilíbrio entre ataque e defesa na conquista do título catarinense. Foi o time que mais marcou gols (36) e o que menos sofreu (9). A equipe de Geninho sabe jogar em profundidade e explora cruzamentos e jogadas a partir da bola parada. Apesar de tudo isso, não é um candidato a surpreender no Brasileiro. A diferença de orçamento faz o elenco doa Avaí ter menos jogadores de qualidade em relação aos favoritos. A diretoria ainda corre em busca de reforços, o que significa que o treinador precisará fazer ajustes com o campeonato rolando. Outra dificuldade pode ser a perda de atletas que se destacaram no Estadual. O artilheiro do catarinense, Daniel Amorim, é observado por times com maior poder financeiro. Por tudo isso, não dá para esperar nada além de ver o Avaí brigando para não ser rebaixado mais uma vez.
Ricardo Perrone, blogueiro do UOL Esporte

Destaque principal

Daniel Amorim soma 13 gols na temporada e nove no Catarinense, do qual foi artilheiro isolado. O atacante iniciará o Brasileirão como um dos principais artilheiros do Brasil, em disputa com nomes como Fred, Gilberto e Ricardo Oliveira. Aos 29 anos, Amorim terá sua primeira grande experiência na carreira ao jogar um campeonato da Série A. Ele está emprestado pelo Tombense-MG, do empresário Eduardo Uram, e teve como destaque uma passagem pelo Paysandu em 2017, após rodar por equipes menores como Aquidauanense-MS e o próprio Tombense.

Quem chega em alta

Aos 28 anos, João Paulo é mais um jogador do Tombense a se destacar no Avaí, após boa passagem pelo Atlético-GO em 2018. Além dos cinco gols marcados por ele próprio, o Avaí comemorou gols com outros seis passes do jogador, destaque no Catarinense. Será a primeira experiência dele na Série A: em 2018, chegou a defender o Paraná e participou do elenco no Paranaense, mas acabou reforçando o Dragão na Série B e não atuou pelos paranaenses na elite nacional.

Quem chega em baixa

Goleiros. Vladimir, ex-goleiro do Santos, que saiu após a confusa chegada de Everson e gerou discussões públicas sobre a sequência dele e de Vanderlei no Peixe, acabou não se firmando na meta do Avaí e participou de revezamento com Lucas Frigeri e Glédson, que começou o ano como titular. Geninho - que foi goleiro como jogador - não firmou nenhum como titular absoluto: Frigeri fez 8 jogos, Glédson fez 7 e Vladimir, seis. O ex-arqueiro do Santos parece ter ganhado uma moral extra depois de fazer uma defesa na disputa por pênaltis que deu o título estadual e começará o Brasileiro como titular.

Quem pode reforçar/posições carentes

Com a aposentadoria de Marquinhos, ídolo avaiano, o clube foi buscar o meia Luanderson, 29 anos, no Marcílio Dias. O jogador atuou em 16 jogos pelo Marinheiro, que acabou o Catarinense na quinta posição, uma abaixo da classificação para as semifinais. O Avaí ainda tenta a chegada de Bergson, atacante que pertence ao Athletico e disputou o Paranaense com o time de Aspirantes do Furacão, mas não teve muitas chances no elenco principal.

Time-base

Vladimir (Lucas Frigeri ou Glédson); Betão, Marquinhos e Igor Fernandes; Jonny Mosquera, Matheus Barbosa, Pedro Castro, João Paulo e Lourenço; Daniel Amorim e Getúlio.

Posição no Brasileiro do ano anterior (3º da Série B)

Posição no Estadual (campeão)

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