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Como a Chapecoense chega para a disputa do Campeonato Brasileiro 2019

Matheus Sebenello/AGIF
Imagem: Matheus Sebenello/AGIF

Do UOL, em São Paulo

26/04/2019 04h00

A Chapecoense inicia sua sexta temporada seguida no Brasileirão da Série A com menos desconfiança que nos anos anteriores. O clube carrega a marca de ser um dos cinco times do Brasil que jamais foram rebaixados na elite (entre 1971 e 2000, os regulamentos se alternaram muito no modo de qualificação para participação; ao subir em 2013, a Chape não caiu mais), ao lado de Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo. A diretoria tem como trunfo a excelência na montagem de equipes.

A Chapecoense teve o mérito de não aceitar nenhum privilégio depois da tragédia do final de 2016 que obrigou o clube a reestruturar elenco, comissão técnica e até parte da diretoria praticamente do zero. Mas sofreu em 2018 e se livrou do rebaixamento no Brasileiro apenas na última rodada. Manteve Claudinei Oliveira por "gratidão", mas o técnico não resistiu às oscilações da equipe e à eliminação ainda na primeira fase da Sul-Americana para o modesto Unión La Calera, do Chile. Chegou Ney Franco, que conseguiu o acesso à Série A com o Goiás. Reestruturado, o time perdeu o Catarinense para o Avaí em polêmica decisão por pênaltis na final e mostrou capacidade competitiva na vitória sobre o Corinthians por 1 a 0 na Copa do Brasil, apesar de ser eliminado na partida de volta. Aylon é um dos destaques da equipe junto com o veterano zagueiro Gum e o artilheiro Everaldo. A meta possível para a Chape é a vaga na Sul-Americana.
André Rocha, blogueiro do UOL Esporte

Destaque principal

Alan Ruschel. Mesmo sem ser o titular da posição, o meia vive uma temporada especial: sobrevivente do acidente em 2016, o jogador marcou seu primeiro gol desde que voltou a atuar com regularidade. Foi contra o Hercílio Luz, pelo Catarinense, vitória por 2 a 1. Até aqui são 11 jogos na temporada, boa parte deles atuando por 90 minutos. Muito mais que a média de 2018, quando jogou 16 partidas em todo o ano, ou os sete jogos que já havia feito a partir de setembro de 2017, quase um ano depois do acidente.

Quem chega em alta

Marcio Araújo, ex-volante do Flamengo, firmou-se como titular do time de Gilson Kleina e foi destaque na vitória sobre o Corinthians, pela Copa do Brasil, e no clássico contra o Figueirense, ainda pela fase de classificação do Catarinense, quando a Chape garantiu o mando de campo no duelo pela semifinal do Estadual em jogo único, vencido por 1 a 0. Na ocasião, atuando em Florianópolis, Márcio Araújo acertou um belo chute de fora da área e contribuiu para o 3 a 3 e a segunda posição na classificação geral.

Quem chega em baixa

Contratado para o gol da Chapecoense após a ida de Jandrei para o Genoa, da Itália, João Ricardo deixou o América-MG para seguir jogando na Série A, mas caiu no exame antidoping no duelo com o Mixto-MT pela Copa do Brasil e deixou o clube na mão na reta final do Catarinense e na Copa do Brasil. Ele aguarda a contraprova, mas foi afastado por precaução pela própria Chapecoense, que prometeu dar amparo jurídico ao atleta no caso. A substância identificada no antidoping não foi revelada.

Quem pode reforçar/posições carentes

Sem João Ricardo, a Chapecoense busca um goleiro para começar o Brasileirão. O time foi atrás de Vagner, ex-Palmeiras, mas logo no segundo jogo pelo time, na vitória contra o Corinthians, em Chapecó, o arqueiro torceu o joelho e ficará afastado por um longo período. Na reta final do Catarinense e contra o Corinthians, pela partida de volta da Copa do Brasil, quem atuou foi Tiepo, de 21 anos. Seu reserva imediato é Igor Campos, de 20 anos, que nunca atuou como profissional. Isso porque a Chape dispensou ainda Ivan, que se envolveu em uma briga com a ex-noiva e acabou denunciado por agressão. A Chape tentou negociar com o Coritiba por Alex Muralha ou Wilson, que já havia sido procurado no começo do ano, mas não avançou na negociação.

Time-base

Gum - Márcio Cunha/Chapecoense - Márcio Cunha/Chapecoense
Imagem: Márcio Cunha/Chapecoense


Tiepo (Vagner); Eduardo, Gum, Douglas e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Gustavo Campanharo, Amaral e Elicarlos; Rildo (Aylon) e Everaldo.

Posição no Brasileiro do ano anterior (14º)

Posição no Estadual (vice-campeão)

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