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Como o Santos chega para a disputa do Campeonato Brasileiro 2019

Ivan Storti/Santos FC
Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em São Paulo

26/04/2019 04h00

Apesar da eliminação na semifinal do Campeonato Paulista, o Santos chega em alta para o Brasileirão. A equipe comandando pelo técnico Jorge Sampaoli vem encantando pelo futebol vistoso e ofensivo praticado até aqui. O bom desempenho no estadual não foi apenas contra times menores: em oito jogos oficiais contra equipes da Série A no ano, o Peixe venceu três vezes, empatou duas e saiu derrotado em duas oportunidades, uma delas contra o Vasco em que podia perder para classificar na Copa do Brasil.

O Santos chega ao Brasileirão com um padrão de jogo bem definido. Faz marcação alta, pressiona a saída de bola do adversário e gosta de trocar passes desde seu campo de defesa. No Paulista, foi quem mais trocou passes. Foram 7.322 com 92% de acerto, a melhor marca, segundo o Footstats. Sampaoli montou um time ofensivo, que teve o maior número de gols marcados (23) no Estadual, além de registrar a melhor média de finalizações: 15,6 por jogo. Porém, falta equilíbrio entre defesa e ataque. Com muitos jogadores no campo do adversário, é comum a defesa ficar em desvantagem e desorganizada nos contra-ataques dos rivais. Prova dessa fragilidade defensiva é o fato de a equipe ter sofrido 15 gols no Paulista (média de 0,9 por partida). Apenas Guarani, São Caetano, Bragantino, Mirassol e São Bento tiveram defesas mais vazadas. Se organizar seu sistema defensivo sem perder volúpia ofensiva, o Santos passará a ser forte candidato ao título. Jean Motta, artilheiro do Paulista com 7 gols, é o principal destaque do time neste momento.
Ricardo Perrone, blogueiro do UOL Esporte

Destaque principal

Sampaoli - Ivan Storti/Santos FC - Ivan Storti/Santos FC
Imagem: Ivan Storti/Santos FC

A principal aposta do Santos no ano não está dentro das quatro linhas, mas sim ali na beira do gramado: o técnico Jorge Sampaoli. O argentino conseguiu implementar sua filosofia ofensiva e de posse de bola de maneira rápida no Peixe e o resultado foi um time que encantou no Campeonato Paulista. A preocupação fica por conta das duas goleadas sofridas na competição, para Ituano e Botafogo-SP, mas o estilo ofensivo agrada o torcedor santista e seguirá sendo praticado no Brasileirão. Em 24 jogos, o Peixe balançou as redes 41 vezes e sofreu 20 gols.

Quem chega em alta

Gustavo Henrique, jogador do Santos, analisa partida contra Corinthians - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Gustavo Henrique e Felipe Aguilar. Após sucessivas lesões, Gustavo Henrique conseguiu ter uma sequência e se firmou no time titular ao lado do colombiano Felipe Aguilar, que chegou e já demonstrou todo seu potencial. Gustavo é um dos líderes do elenco santista e teve a boa forma recompensada com uma indicação à seleção do Campeonato Paulista deste ano, enquanto Aguilar se tornou líder técnico na defesa com sua boa saída de jogo ao estilo Sampaoli.

Jean Mota. Improvável artilheiro do Santos, Jean Mota começou o ano com tudo acertado para ser emprestado ao Bahia, mas o técnico Jorge Sampaoli pediu para que o meia permanecesse. Mais próximo à área, o meia se encontrou em campo e vive fase abençoada, liderando o Peixe na temporada tanto em gols, com nove, quanto em assistências, com seis. Jean saiu da festa de premiação do Campeonato Paulista de mãos cheias após levar para casa os troféus de melhor meia, artilheiro e craque da competição.

Diego Pituca. Em seu primeiro Campeonato Paulista com o Santos, já que durante o estadual do ano passado ainda fazia parte do time B, Diego Pituca já venceu o prêmio de melhor volante do estadual. Versátil, Pituca conquistou rapidamente o técnico Jorge Sampaoli que já rasgou elogios ao jogador em mais de uma oportunidade. Podendo atuar como lateral-esquerdo, primeiro ou segundo volante, Pituca se tornou peça fundamental no esquema do Santos.

Quem chega em baixa

Cueva - Ivan Storti/Santos FC - Ivan Storti/Santos FC
Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Cueva. Contratado por cerca de 26 milhões de reais, o peruano ainda não mostrou a que veio no Santos. Até aqui foram 10 jogos com a camisa do Peixe e o meia não deu nenhuma assistência nem marcou algum gol. Titular no início, ele perdeu espaço na equipe para o jovem Menino da Vila Rodrygo, que só fica no Santos até junho e depois se apresenta ao Real Madrid (ESP) que comprou seus direitos no ano passado.

Derlis. Reserva com Cuca, o paraguaio quase saiu do Santos antes do início da atual temporada reclamando de salários atrasados. Sampaoli conversou com o atacante que decidiu ficar e se tornou peça vital no esquema do argentino, atuando tanto como falso 9 quanto como ponta. No entanto, o paraguaio caiu de produção e vem em uma sequência ruim. Com sete gols e cinco assistências é o segundo da equipe nos dois quesitos, mas não balança as redes há quase um mês.

Quem pode reforçar/posições carentes

A posição de centroavante é a maior carência do elenco santista e o técnico Jorge Sampaoli não esconde de ninguém que precisa de um jogador para a função. No elenco santista o argentino já testou Felippe Cardoso, Yuri Alberto, Eduardo Sasha e Kaio Jorge na função, mas ninguém convenceu. O Peixe segue no mercado em busca de um nome brasileiro, já que atualmente conta com seis estrangeiros no elenco de Sampaoli, um a mais do que o limite por partida.

Time-base

Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Felipe Aguilar e Diego Pituca; Alison, Carlos Sánchez e Jean Mota; Rodrygo, Soteldo (Jorge) e Derlis González.

Posição no Brasileiro do ano anterior (10º)

Posição no Estadual (eliminado na semifinal)

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