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PSG de Neymar abre 2 a 0, mas perde final da Copa da França para o Rennes

Mexer comemora gol do Rennes contra o PSG na Copa da França - Anne-Christine POUJOULAT / AFP
Mexer comemora gol do Rennes contra o PSG na Copa da França Imagem: Anne-Christine POUJOULAT / AFP

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/04/2019 18h57

Uma semana depois de comemorar o título do Campeonato Francês, o Paris Saint-Germain perdeu para o Rennes na final da Copa da França. Depois de abrir 2 a 0 na tarde de hoje, no Stade de France, o time de Paris cedeu o empate e levou a pior na disputa de pênaltis, desperdiçando a chance de se tornar o primeiro clube da história a vencer cinco títulos seguidos na competição.

Tanto o PSG como o Rennes foram para a decisão invictos, mas o Rennes venceu por 6 a 5 nas penalidades e se tornou tricampeão do torneio -- os outros títulos foram em 1965 e 1971. Os times acertaram as cinco cobranças iniciais, mas na sexta, Sarr converteu e Nkunku, que entrou no fim, isolou a bola.

Também foi a primeira partida de Neymar titular desde janeiro, quando lesionou o pé. O brasileiro anotou um gol e uma assistência, mas não foi suficiente. Para os comandados de Tuchel, a derrota tem peso ainda maior numa temporada com fracassos na Liga dos Campeões e na Copa da Liga da França.

Agora, resta ao PSG cumprir tabela no Francês até o final da temporada. O próximo jogo será na terça (30), quando o time visita o Montpellier. Já o Rennes, 11º colocado, receberá o Monaco na quarta.

Neymar lamenta gol perdido PSG Rennes Copa da França - Martin Bureau/AFP - Martin Bureau/AFP
Imagem: Martin Bureau/AFP

O melhor: Koubek

O goleiro fez grandes defesas contra investidas de Neymar, Dani Alves, Mbappé e Draxler, e contou com a sorte do gol contra e a eficiência dos companheiros para arrancar um empate com o campeão francês e levar a disputa para a prorrogação, em que suou para travar as investidas comandadas por Neymar. Sem ele, o PSG teria levado o título ainda no tempo regulamentar.

Os piores: Kimpembe e Mbappé

Marcou um gol contra no final do primeiro tempo e deu margem para a reação do Rennes no segundo tempo. Também abusou das faltas e deu entrada dura em Sarr para travar um contra-ataque, mas passou impune. Já Mbappé perdeu meia dúzia de chances e foi expulso por entrada violenta e desnecessária no joelho do adversário, desfalcando o time de Paris na disputa de pênaltis.

A volta do camisa 10

Na volta ao time titular, Neymar mostrou fome de bola literalmente desde o primeiro minuto, quando recebeu cruzamento de Dani Alves e bateu rente à trave. Deu assistência, fez gol de cobertura, ajudou a organizar o ataque do PSG, levou amarelo, perdeu grandes chances de marcar diante da defesa aguerrida do Rennes e de Koubek, mostrou muita vontade na prorrogação e, acima de tudo, mostrou que voltou para valer.

PSG domina ações no primeiro tempo

Pelos primeiros minutos de jogo, parecia que o Paris Saint-Germain não teria dificuldade para ficar com a taça. Com Neymar e Dani Alves inspirados, o time teve boas chances e obrigou o Rennes a se fechar no campo de defesa.

Com show de Ney, PSG sai na frente

A pressão do PSG logo se tornou vantagem. Aos 12 minutos, Neymar bateu escanteio para Dani Alves dar um belo voleio e abrir o placar. Oito minutos depois, o próprio brasileiro aproveitou bola enfiada por Di María e encobriu o goleiro, marcando pela primeira vez desde a lesão. Porém, o time sofreu com chances perdidas, principalmente pelos pés de Mbappé.

Rennes reage e Kimpembe faz contra

O Rennes ensaiou uma reação no final do primeiro tempo. Empurrado pela torcida que não parava de cantar no Stade de France, Niang girou em cima de Marquinhos e chutou da entrada da área, bem perto do gol de Areola. O PSG respondeu com contra-ataque de Neymar, mas Daxler finalizou mal. No minuto seguinte, Traoré carregou pela direita, cruzou na área e comemorou quando Kimpembe chutou contra a própria meta. O Rennes continuou pressionando, mas foi o PSG quem assustou quando Mbappé obrigou Koubek a fazer grande defesa para evitar o terceiro.

PSG pressionado na volta do intervalo

O Rennes conseguiu levar a pressão para o segundo tempo e voltou para o campo com uma postura mais ofensiva, mas teve dificuldade para entrar na área. Bourigeaud puxou um contra-ataque veloz e obrigou Areola a fazer uma grande defesa, enquanto do outro lado do campo Neymra puxava contra-ataques que não eram aproveitados pelos companheiros.

Rennes empata com lambança da zaga

O Rennes continuou martelando, e o gol de empate parecia questão de tempo. Areola fez duas defesas, até que, aos 20, Mexer aproveitou uma cobrança de escanteio, ganhou de toda a zaga parisiense e deixou tudo igual.

Tuchel lança Paredes para liberar Neymar

Precisando de um gol, Thomas Tuchel tirou Di María e lançou Paredes para fortalecer o sistema defensivo e deixar Neymar mais livre para criar na frente. De fato, o volume de jogo do PSG aumentou, principalmente com contra-ataques, mas o time sofreu com a falta de pontaria e com a defesa aguerrida do Rennes. Em uma das melhores chances, Mbappé cruzou rasteiro na área e Neymar não alcançou por centímetros. Assim, o Rennes conseguiu forçar a prorrogação.

Cavani vai a campo, e Neymar volta com tudo

Para a prorrogação, Tuchel mandou Cavani no lugar de Paredes -- recém-recuperado de uma lesão muscular na perna direita, o uruguaio começou no banco --, mas foi Neymar quem novamente se destacou. Mais recuado, começou driblando os marcadores e bateu para defesa do goleiro. Mostrou fôlego, fez desarmes, puxou contra-ataques e arriscou duas vezes de fora, assustando Koubek. Quase deu assistência para Mbappé, mas o francês parou na trave.

Rennes volta a pressionar o PSG

Nos 15 minutos finais, o Rennes continuou fechado em busca do contra-ataque. A chance veio quando Diaby perdeu a bola e deixou Sarr acionar Ben Arfa, que mandou uma bomba de fora da área e tirou tinta da trave de Areola.

Clima esquenta com pisão em Neymar e expulsão de Mbappé

No intervalo entre as prorrogações, a dedicação de Neymar cobrou seu preço: ele mancou um pouco, precisou tirar a chuteira e massagear o pé recém-recuperado. O clima esquentou quando, nos minutos finais, Siliki pisou no pé direito do brasileiro, fazendo Neymar cair, gritar e receber atendimento médico. Dani Alves saiu em defesa do amigo e discutiu com os rivais. Mbappé perdeu a cabeça: no lance seguinte, deu uma entrada violenta em André e recebeu vermelho direto.

Nos pênaltis, Rennes leva a melhor e é campeão

Os times tiveram 100% de aproveitamento na primeira rodada de cobranças. Niang, Bem Arfa, Grenier, Siliki e Bensebaini converteram para o Rennes; do outro lado, Cavani, Dani Alves, Paredes, Bernat e Neymar deixaram tudo igual. Sarr acertou o sexto, mas Nkunku perdeu e deixou a taça para o Rennes.

Thiago Silva ficou fora da decisão por dores

O zagueiro brasileiro chegou a treinar com o restante do elenco na manhã de hoje, mas reclamou de dores no joelho e foi cortado. Nem sequer ficou no banco de reservas.

Presidente Macron "atrasa" início do jogo

O presidente da França, Emmanuel Macron, esteve no Stade de France para acompanhar a patida. Foi vaiado por alguns torcedores em campo e fez questão de cumprimentar todos os jogadores individualmente, tanto é que por sua causa o jogo começou com cinco minutos de atraso.

FICHA TÉCNICA
RENNES 2 (6) x (5) 2 PARIS SAINT-GERMAIN

Data e hora: 27 de abril de 2019, sábado, às 16h (de Brasília)
Local: Stade de France, em Paris (FRA)
Motivo: Final da Copa da França
Cartões amarelos: Grenier, Verratti, Neymar, Di María, Mexer, Bourigeaud, Paredes, André, Niang, Bensebaini, Silik
Cartões vermelhos: Mbappé
Gols: Dani Alves, aos 12', Neymar, aos 20', e Kimpembe (contra), aos 39' do primeiro tempo; Mexer, aos 20' do segundo tempo
Pênaltis:
Acertaram: Niang, Cavani, Ben Arfa, Daniel Alves, Grenier, Paredes, Siliki, Bernat, Bensebaini, Neymar e Sarr
Perdeu: Nkunku

RENNES: Koubek; Traoré, Da Silva, Mexer e Bensebaini; Grenier, André, Bourigeaud (Siliki) e Bem Arfa; Sarr e Niang. Técnico: Julien Stéphan

PSG: Areola; Dagba [Diaby (Nkunku)] , Marquinhos, Kimpembe e Bernat; Verratti, Daniel Alves e Draxler (Cavani); Di María (Paredes), Mbappé e Neymar. Técnico: Thomas Tuchel