Guerrero revela que teve depressão em período suspenso do futebol
Agora se destacando no Internacional, Paolo Guerrero falou em entrevista ao Esporte Espetacular, da Rede Globo, que teve depressão no período que ficou no Peru sem poder jogar por causa de uma suspensão por doping. O atacante foi pego em exame, que acusou um metabólico de cocaína, em 2017.
"Eu não queria voltar a tudo isso que vivi porque foi um momento muito difícil. Foram momentos difíceis, estava com depressão, não queria sair de casa", contou Guerrero.
"As pessoas falavam para sair de viagem, refrescar a cabeça, mas eu fiquei o tempo todo no Peru. Eu acordava, queria ficar na cama. Ficava trancado em casa, não atendia ligação. Minha mãe me via triste, eu pensava que ela não poderia me ver triste. Meu pai me ligava. Meus pais têm doenças também. A única coisa que eu pensava é na saúde deles", ressaltou.
Guerrero também relembrou outro momento triste em sua família, mais recente. No início do ano, o sobrinho Júlio André foi morto em um assalto, no Peru.
"Para a minha família foi difícil, ainda mais para minha mãe, porque meu sobrinho estava vivendo os dias com a minha mãe e ela se culpa muito. A gente comemorava juntos aniversário, porque ele também era de primeiro de janeiro e sempre cantava parabéns para mim e para ele", comentou.
Paolo Guerrero conseguiu liberação para disputar a Copa do Mundo de 2018 com o Peru, mas admitiu que não foi bem. "Eu não aproveitei a Copa. Todo mundo tem que saber".
Por fim, o jogador ressaltou a importância do Internacional em seu retorno ao futebol. "Tinham outras propostas, mas duvidavam se eu ia continuar jogando. O Inter disse que queria e que esperaria até o dia que eu pudesse jogar".
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