"Sempre fui mais Adriano do que Imperador", diz atacante em autocrítica

Adriano Imperador sabe que poderia ter feito mais em sua carreira, mas em entrevista exibida pelo "Esporte Espetacular" da "Rede Globo" neste domingo disse que sempre se sentiu muito mais "Adriano do que um Imperador".

O ex-atacante de Flamengo, São Paulo, Corinthians e Inter de Milão, entre outros, disse que seria maluco se não fizesse uma autocrítica, mas ressaltou que o estrelato poderia levá-lo a perder a simplicidade.

"Sempre fui mais Adriano do que Imperador. O título de Imperador é muito bom, mas se você não souber lidar com isso às vezes passa a te atrapalhar como uma pessoa normal. Pode subir à cabeça, você pode deixar de tratar melhor do que poderia (as pessoas), pode virar as costas até para um membro da família. Eu nunca vou ser assim. Sei que poderia fazer muito mais hoje da minha carreira, é obvio. Se eu não fizesse essa autocritica, seria um maluco", disse.

Sem jogar profissionalmente há três anos, Adriano ainda tem o desejo de voltar aos gramados. Aos 37 anos, ele disse que ainda espera por uma chance para atuar por mais um período antes de oficialmente pendurar as chuteiras.

"Estou fazendo minhas coisas, quietinhos na minha. Estou fazendo nada (profissionalmente), não falei que parei ou vou continuar, mas se encontrar um clube que me identifique, goste e dê sequência de um, dois anos, estarei ali", disse.

Para voltar, Adriano precisaria readquirir a sua forma física, um de seus segredos para o alto rendimento durante o auge da carreira. O atacante, inclusive, acredita que é difícil encontrar jogadores com a sua característica atualmente.

"Todos os preparadores físicos sabem como que sou fisicamente, forte, grande e ágil. Hoje é difícil de se encontrar (no futebol"), afirmou.

Adriano entrou em campo pela última vez em 2016, quando atuou pelo Miami United, dos Estados Unidos. Durante a carreira, o "Imperador" fez muito sucesso com a camisa da Inter de Milão e do Flamengo. Ele foi titular em quase toda campanha brasileira na Copa do Mundo de 2006.