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Renato Gaúcho liga 'modo proteção' e diz que Grêmio é melhor time do Brasil

Lucas Uebel/Grêmio
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

07/05/2019 18h50

Dois dias depois de repetir dezenas de vezes a expressão 'deu mole' e criticar o próprio time, Renato Gaúcho voltou aos microfones e ativou uma espécie de proteção aos jogadores do Grêmio. Hoje, na véspera da decisão diante da Universidad Católica, pela Libertadores, o treinador pediu para conceder entrevista coletiva e afirmou que a equipe gremista joga o melhor futebol do Brasil, apesar da derrota por 5 a 4 contra o Fluminense, no domingo.

Renato ainda ironizou os críticos ao dizer que bom futebol 'não se compra na padaria' e falou abertamente que foi aos microfones para injetar confiança nos torcedores.

Manda um treinador chegar na padaria essa semana e comprar dois quilos de futebol. Ninguém vende futebol

"Dar mole a gente sabe que deu e não pode repetir. Mas isso dá para corrigir. Comprar futebol, ninguém compra. O meu time é o melhor do Brasil. Joga o melhor futebol do Brasil", disse Renato. "Eu fiz esse gesto ao meu grupo", afirmou antes de bater palmas.

Durante toda a coletiva, que durou pouco mais de 30 minutos, o treinador reiterou a ideia de que o Grêmio perdeu para o Fluminense por falhas próprias.

"O dar mole a gente corrige. Comprar futebol ninguém compra. O meu time é o melhor do Brasil. Tem equipes que jogam bem aqui, um jogo ou dois jogos, mas o meu time joga o melhor futebol do Brasil há dois anos e meio. O mole eu já corrigi e isso é fácil. Pronto. Mas o nosso futebol continua o mesmo. Se o Grêmio tivesse ganho o jogo domingo, o Brasil todo falaria que o Grêmio joga o melhor futebol do Brasil. Aquilo que o Grêmio fez nos primeiros 35 minutos foi uma aula de futebol. Uma aula. Só não foi adiante por termos dado mole. Tem gente que vai discordar, mas o comandante do Grêmio sou eu. E para quem entende de futebol, sabe que é verdade", declarou.

Renato Portaluppi repetiu, diversas vezes, o termo 'deu mole', mas também aprofundou a análise sobre os erros cometidos no domingo.

"O dar mole é: paramos de correr, achamos que o jogo estava ganho e paramos de fazer o que tínhamos combinado na preleção. O que combinamos? Marcação pressão, espelhada. Fizemos o que combinamos e conseguimos três gol em 35 minutos. A partir daí, deixamos de marcar, de correr e começamos a achar que era só bola no pé. Isso é dar mole. Se o meu time continua fazendo a mesma coisa desde o primeiro minuto, não tenho dúvida que teria sido cinco ou seis", comentou Renato.

No final da entrevista, o próprio treinador revelou o motivo da presença incomum às vésperas de uma partida durante a semana.

"Nessa hora, digamos assim, os ídolos… as pessoas que os torcedores mais confiam… é importante. Eu estou aqui para isso, não é meu dia de falar, mas comentei que viria aqui. Justamente para passar confiança ao nosso torcedor. O torcedor ficou chateado no domingo, mas volto a repetir. Essas coisas são fáceis de serem corrigidas, mas os gols e o bom futebol não é fácil de achar", finalizou o treinador do Grêmio.

Grêmio e Univerisdad Católica se enfrentam nesta quarta-feira (8), às 19h15min (horário de Brasília), em Porto Alegre. Quem vencer fica com a segunda vaga do grupo H para as oitavas de final da Libertadores. O time gaúcho ainda tem a vantagem de jogar pelo empate.

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