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Como o Cruzeiro pode usar maratona fora para lidar com queda de produção

Jogadores do Cruzeiro comemoram gol de Rodriguinho contra o Goiás - Marcelo Alvarenga/AGIF
Jogadores do Cruzeiro comemoram gol de Rodriguinho contra o Goiás Imagem: Marcelo Alvarenga/AGIF

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

10/05/2019 04h00

Tratado como um dos melhores times brasileiros na atualidade, o Cruzeiro vem enfrentando alguns problemas para colocar em campo seu futebol mais produtivo. Nas últimas três partidas, a equipe recebeu adversários mais retrancados que o obrigaram a Raposa a ser mais criativa. Mas isso acabou não acontecendo com frequência, diferentes de alguns passes errados e tramas pouco envolventes. Agora, o clube sai de Belo Horizonte e vai encarar uma sequência de três jogos fora de casa. Mas o que parece ser uma trinca pesada pode se transformar em uma boa oportunidade para reajustar o setor ofensivo e apresentar uma nova crescente no setor ofensivo.

Nas últimas semanas, Mano Menezes falou mais de uma vez sobre um relaxamento natural após o título mineiro. Hoje, o técnico garante que isso já ficou no passado. Por outro lado, jogadores reconhecem que o time não está convencendo, mesmo em recentes vitórias. Depois do tropeço por 2 a 1 para o Emelec, no Mineirão, Thiago Neves foi um deles, e admitiu que o rendimento coletivo está aquém do esperado.

A partir de agora, o Cruzeiro só voltará ao Mineirão no final de maio, quando enfrenta a Chapecoense, no dia 26. Até lá, serão três jogos fora. A sequência começa neste domingo, contra o Internacional. Na quarta que vem, inicia as oitavas de final da Copa do Brasil contra o Fluminense. Completando a trinca, a equipe seguirá no Rio de Janeiro para um novo confronto contra o tricolor carioca, agora pelo Brasileirão. O fato de jogarem em casa, além da necessidade da vitória, pode fazer com que os clubes tomem mais iniciativas para atacar o Cruzeiro, proporcionando um estilo de jogo que também agrada aos comandados de Mano Menezes, muitas vezes conhecido por se defender com qualidade e sair para o jogo com jogadas rápidas e mortais. Foi assim que a equipe ganhou importantes jogos no ano passado durante a campanha do hexa da Copa do Brasil.

As dificuldades para criar começaram ainda na fase final do Campeonato Mineiro. Contra o Atlético-MG, encarou um rival em crise e sem treinador que priorizou a boa marcação para sair jogando sem se expor tanto, e acabou neutralizado em boa parte das partidas. Na Libertadores, construiu um placar perigoso contra o Deportivo Lara e só conseguiu marcar o segundo gol no final do jogo. Antes da derrota para o Emelec, o cenário se repetiu nas vitórias apertadas contra Ceará (1 a 0) e Goiás (2 a 1) no Brasileirão.

Outro motivo que pode ter contribuído para a baixa produção é o desempenho individual dos jogadores. Depois de voar na primeira fase do estadual, Rodriguinho passou a sofrer com a sequência de jogos, e não rendeu em alguns compromissos, chegando a ser poupado. Camisa 10, Thiago Neves viveu situação distinta. Depois de passar o início de ano lesionado, o meia já retornou, mas ainda vem entrando aos poucos. Outro destaque que deixou de aparecer foi Marquinhos Gabriel, este por causa de uma lesão na coxa que o afastou dos gramados desde o início do mês.

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