Barroca abandona "fórmula do sucesso" e adota Botafogo mais seguro fora
Após um mês de trabalho à frente do Botafogo - completado no último dia 16 -, o técnico Eduardo Barroca dá indícios de ter um conhecimento maior do elenco a ponto de desenhar a equipe de acordo com as características do adversário, deixando de lado, inclusive, a formação com a qual conseguiu as três vitórias até aqui no Campeonato Brasileiro.
Para o duelo com o Goiás, neste domingo, no Serra Dourada, o treinador vai adotar o 4-4-2, colocando João Paulo no meio e tendo o ataque formado por Erik e Diego Souza - Pimpão acabou sacado. A ideia, segundo Barroca, é dar ao time mais equilíbrio nesta busca pelo primeiro triunfo fora do Rio de Janeiro.
- A questão estrutural depende muito do jogo. A ideia de jogar com quatro meio-campistas é para ter equilíbrio ao atacar e defender - disse.
Com o 4-4-2, Cícero, Alex Santana e João Paulo podem dar uma sustentabilidade maior aos sistema defensivo, povoando o meio e aumentando poder de marcação. Ao mesmo tempo, esses três jogadores já mostraram que também têm capacidade de ajudar à frente, sendo volantes com presença de área (Alex Santana já marcou dois gols, Cícero e João Paulo, um cada).
Neste cenário, o atacante Erik e os laterais Fernando e Jonathan podem ser as válvulas de escape para a necessidade de uma transição em velocidade do campo defensivo para o ofensivo, enquanto Diego Souza seria a referência do meio para frente, auxiliando também na distribuição de jogo.
Mesmo que no 'tiro curto' ou a 'curto prazo', para utilizar expressões ditas pelo próprio Barroca, o treinador já começa a realizar alguns testes em busca do que pode considerar o ritmo ideal.
Contra o São Paulo, na estreia, no Morumbi, Barroca, que àquela altura tinha cerca de duas semanas de trabalho e não podia contar com Diego Souza, lesionado, utilizou um esquema com um desenho no 4-1-4-1, tendo Erik mais adiantado.
Depois, nas partidas seguintes, com Bahia e Fortaleza, no Nilton Santos, e Fluminense, no Maracanã, já com Diego Souza à disposição, o comandante do Botafogo usou o 4-3-3. Nas três partidas deixou o campo vitorioso.
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