O que o Corinthians esconde em treinos secretos no CT

Um novo ritmo de trabalho parece ter sido instaurado no CT Joaquim Grava desde a última semana, quando o Corinthians passou a treinar mais vezes sem a presença da imprensa. Segundo apurou o UOL Esporte, as atividades 'secretas' são uma tentativa de dar maior privacidade a Fábio Carille, que ganha liberdade não só para ensaiar jogadas mas também para falar mais abertamente com os atletas.

Após dois treinos fechados na semana passada, o Alvinegro tem mais três nesta semana, um número incomum para o modelo de trabalho de Carille em 2019. Para comparação, o treinador teve apenas uma atividade secreta nos dias que antecederam a final do Campeonato Paulista contra o São Paulo: foi na véspera, um sábado, dia em que a ausência de jornalistas nos treinamentos é uma espécie de tradição no CT alvinegro. No novo arranjo, a comissão técnica ganha mais um dia longe das câmeras no meio de semana.

Internamente nega-se que a decisão de fechar mais treinos tenha a ver com o 'caso dos espiões', polêmica levantada recentemente por Carille - na ocasião, sem citar nomes, ele reclamou que duas pessoas teriam passado informações do Corinthians a adversários. De acordo com pessoas ouvidas pela reportagem, a rotina mais reservada seria uma oportunidade para o treinador testar jogadas e cobrar os ateltas com liberdade, sem o risco de ser flagrado por câmeras.

A preocupação com a privacidade não é exclusividade do Corinthians; longe disso. Na comparação com os rivais mais próximos, o Alvinegro segue bem mais receptivo à imprensa do que São Paulo e Palmeiras, clubes nos quais os técnicos Cuca e Felipão trabalham quase a semana inteira longe dos olhos de jornalistas.

O Corinthians fez treino fechado ontem e, de acordo com a programação semanal, reserva outras duas atividades secretas na quarta-feira (22) e no sábado (25), dias que antecedem os duelos contra Deportivo Lara (VEN) e São Paulo, válidos respectivamente pela Copa Sul-Americana e pelo Campeonato Brasileiro.