Borja completa 3 meses sem gols e perde até status de reserva imediato

Em meio ao excelente momento do Palmeiras na temporada, com o time liderando o Campeonato Brasileiro e dono da melhor campanha da Libertadores, a fase de Miguel Borja segue ruim. Sem marcar um gol há mais de três meses, o camisa 9 não aproveitou bem a chance recebida como titular na vitória por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, ontem, pela Copa do Brasil, e já vê até mesmo o status de reserva imediato de Deyverson escapar.

Nas últimas partidas, Felipão tem alternado a presença de Borja e Arthur Cabral no banco de reservas. No jogo de ida contra o Sampaio, por exemplo, Arthur saiu jogando e, após um primeiro tempo apagado, foi substituído por Deyverson. Se no ano passado o colombiano foi o artilheiro do Verdão na temporada, com 20 gols, hoje ele parece muito distante de reeditar o feito.

O último gol de Borja pelo Palmeiras foi em 27 de fevereiro, na vitória por 3 a 2 sobre o Ituano no Campeonato Paulista. Ele tem apenas três bolas na rede na temporada, contra cinco de Deyverson e um de Arthur. Diante do Sampaio, teve poucas oportunidades claras; na principal delas, pareceu ter sido puxado na área pelo zagueiro, mas a arbitragem considerou o lance como normal.

Mas não é apenas nos gols que Borja sofre na comparação com o titular de 2019. Felipão aprecia muito o trabalho tático de Deyverson, tanto na defesa, atrapalhando a saída de bola rival, quanto no ataque, se movimentando para os lados e ganhando as bolas longas quando o time precisa sair de trás. Borja tem muito mais dificuldade para cumprir essas funções. Contra o Sampaio Corrêa, por diversas vezes o treinador deu instruções ao centroavante à beira do campo.

"O que falta ao Borja é confiança", avaliou o treinador depois da partida. "Ele tem muita qualidade. Não fez gol, mas sofreu pênalti, no segundo tempo teve chance e foi travado, participou do jogo... errou uma ou outra, mas é normal. Tem que continuar trabalhando, como já faz no dia a dia, e estamos satisfeitos".

Borja foi comprado pelo Palmeiras em 2017 por mais de R$ 30 milhões, com aporte financeiro da Crefisa, e tem contrato até 2021. O jogador teve uma possibilidade de transferência para o futebol chinês no começo deste ano, mas o negócio não se concretizou. Desde então, o atacante tem convivido com especulações envolvendo seu nome no mercado, mas tanto seu estafe como o Palmeiras afirmam que não há propostas oficiais na mesa.