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Troféu da Copa América vira "passageiro" e rouba a cena em voo Rio-SP

Troféu da Copa América foi exposto durante um voo comercial entre o Rio de Janeiro e São Paulo - Simon Plestenjak/UOL
Troféu da Copa América foi exposto durante um voo comercial entre o Rio de Janeiro e São Paulo Imagem: Simon Plestenjak/UOL

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

04/06/2019 16h45

As filas recheadas de passageiros ajudam a lotar o terminal do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A minutos do embarque, uma voz grave traz à tona as peculiaridades do voo 2019. A breve viagem até São Paulo terá um convidado especial: o objeto de desejo das 12 seleções que disputarão a Copa América a partir do próximo dia 14.

Uma caixa retangular azul contribui para a afirmação. Lá dentro, o troféu da competição sul-americana está devidamente protegido por um pano preto. Depois, livre e à mostra, a taça, que volta ao Brasil depois de 30 anos, torna-se a maior estrela do voo. Quase todos os passageiros se levantam em busca de uma foto.

O translado do troféu fez parte de uma ação da companhia aérea Gol e da Mastercard realizada na manhã de hoje. Sem avisar os clientes, as empresas levaram a taça para São Paulo, cidade que receberá a abertura da Copa América, com direito a uma exposição pelo corredor do avião e troca proposital do número do voo.

Copa América - Simon Plestenjak/UOL - Simon Plestenjak/UOL
Taça da Copa América é retirada da embalagem para ser mostrada ao público
Imagem: Simon Plestenjak/UOL

Na primeira fila estavam os ex-jogadores Mauro Galvão e César Sampaio, campeões da Copa América de 1989 e 1997, respectivamente. Mesmo com a honraria, nem mesmo eles puderam tocar na taça. A regra era a seguinte: segundo a Conmebol, somente os jogadores campeões da edição 2019 podem encostar no objeto sem luvas.

Centro das atenções

A exposição fora dos padrões aconteceu já no trecho final do voo, pouco antes da aterrissagem. A taça foi apresentada como uma "passageira especial". E nos cinco minutos em que passou imponente pelo corredor atraiu olhares, fotos e vídeos.

No fim, uma salva de palmas e gritos tímidos de Brasil completaram a viagem inusitada entre as duas maiores cidades do país, com direito ao surgimento do Estádio do Morumbi, palco da abertura, no horizonte.

Para Mauro Galvão, ao contrário do que aconteceu na Copa América de 1989, quando os torcedores demoraram para apoiar a seleção brasileira, o time do técnico Tite deve ter mais apoio agora. "Vai ter pressão, no começo pode ter um pouco de resistência, mas a equipe pode mudar isso. Basta jogar bem e se dedicar", disse o ex-zagueiro.

A taça da Copa América ficará exposta no aeroporto de Congonhas até amanhã. Depois, ela será levada para um shopping da capital paulista e um salão que receberá um evento. No dia 14, quando a competição voltará a ser disputada no Brasil após um hiato de três décadas, ela estará à beira do gramado do Morumbi, que receberá o duelo Brasil e Bolívia. No dia 7 de julho, enfim, será erguida pela seleção campeã no Maracanã.