Posse de bola modesta e letal: Palmeiras repete estratégia para ser líder
Líder isolado do Brasileirão, o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari mantém o estilo mostrado na campanha vitoriosa do ano passado. Com menos posse de bola em relação a quase todos os adversários, a equipe alviverde consegue ser letal no ataque para se manter invicta na competição.
Nos seis duelos do atual Campeonato Brasileiro, o Palmeiras só tomou as rédeas diante do Fortaleza, no Allianz Parque, quando venceu por 4 a 0. Em todos os outros, o time palmeirense entregou a bola para o rival e buscou triunfos por meio de uma transição rápida e uma alta performance nas conclusões - a equipe paulista teve menos posse de bola que o CSA na segunda rodada, mas o jogo terminou empatado por 1 a 1.
O ápice desse estilo foi colocado em prática contra o Santos, na quinta rodada. Mesmo na condição de mandante no Pacaembu, o Palmeiras teve, segundo números do Footstats, 35% de posse de bola e menos da metade dos passes trocados pela equipe de Jorge Sampaoli (190 a 432). Ainda assim, os palmeirenses venceram por 4 a 0.
Para derrotar o Inter no Allianz, o Palmeiras teve a bola por 41% do tempo de jogo. A postura contribui para que o líder do campeonato apareça apenas na 13ª posição entre os times com mais finalizações na competição. O Santos lidera o fundamento, de acordo com o Footstats. Apesar do cenário, a equipe palmeirense é dona do melhor ataque do torneio, com 14 gols.
Esse jeito de se portar em campo também foi a linha de trabalho do Corinthians de Fábio Carille, em 2017, no campeonato de primeiro turno quase perfeito do time do Parque São Jorge.
A posse de bola deixou de ser um sinônimo de vitórias naquela campanha marcada também pelo bom desempenho nas finalizações corintianas diante de um adversário com mais posse de bola. O próprio Palmeiras provou o veneno na derrota por 2 a 0 no Allianz Parque - na ocasião, os corintianos derrotaram o rival com 38% de posse de bola e apenas três finalizações.
Naquela edição do Brasileirão, o Corinthians conseguiu vencer 14 jogos do turno inicial, quase sempre como menos posse de bola. No returno, os adversários passaram a dar a bola para o time alvinegro, que começou a tropeçar, colocando em risco um título bem encaminhado.
Já o Palmeiras de Felipão mostra aspectos distintos em relação à equipe alviverde treinada por Cuca, que em 2016 deu a volta olímpica ao fim do Brasileirão. O time que tinha Gabriel Jesus no ataque buscava a manutenção da bola para vencer os jogos.
O time palmeirense soma 16 pontos em seis jogos disputados no atual campeonato - os pontos da vitória sobre o Botafogo foram suspensos pelo STJD. O Palmeiras volta a campo no próximo sábado (8), às 16h30, na sua arena, diante do Athletico-PR.
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