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Najila relata "pânico" e diz que acreditou que nome ficaria em sigilo

Najila Trindade em entrevista à Record - Reprodução/TV Record
Najila Trindade em entrevista à Record Imagem: Reprodução/TV Record

Do UOL, em São Paulo

09/06/2019 20h07

A modelo Najila Trindade, que acusa Neymar de tê-la estuprado em um hotel em Paris no dia 15 de maio, falou em entrevista ao Domingo Espetacular, da Rede Record, que acreditou que seu nome seria mantido em sigilo, conforme assegurado em lei a pessoas envolvidas em investigações de crime sexuais.

"Acreditei na lei. Achei que meu nome ia ficar em sigilo. Sigilo. Eu confiei. Eu jamais imaginei que eu estaria na internet e exposta para todo mundo. Até porque isso é um crime. Está tudo distorcido, tudo errado. Minha vida virou do avesso. Eu tento gritar, mas ninguém me escuta", disse Najila.

Najila parou para chorar e tomar água no trecho da entrevista divulgado pela emissora e relatou que está sofrendo de síndrome do pânico.

"Estou tomando muito remédios nos últimos dias, sem me alimentar. Acho que nesse momento eu preciso de um pouco de tranquilidade. Estou muito abalada. Eu preciso me recuperar. Eu não estou bem. Estou com síndrome do pânico. Eu não como, eu perdi 10 kg na última semana", contou.

Najila disse ter ficado dopada nos últimos dias e por isso não acompanhou as notícias. "Eu me dopei, tomei remédio, muito remédio, ignorei tudo e vivi a base de medicação. Quando acordava vinha flashes das pessoas falando coisas sobre mim e cada vez eu queria me dopar mais, porque está tudo distorcido, errado. Eu queria gritar".

"As pessoas querem tirar proveito da minha dor, ficam me seguindo, seguindo a minha família. Eu não sei o que é pior, ficar dormindo ou acordada", falou.

Najila disse se sentir desrespeitada pelas pessoas. "Cada vez mais as coisas saem do controle e as pessoas não têm respeito pela minha dor, a dor do meu filho. Eu não consigo ter minha vida, trabalhar, estudar, ficar com meu filho. Eu não tenho psicológico para ficar falando desse assunto, para sair na rua e as pessoas ficarem me perseguindo".

Questionada sobre o tablet que teria sido levado em uma invasão ao seu apartamento, em São Paulo, a modelo respondeu apenas que "não gostaria de falar sobre isso". Sobre o que contém no restante do vídeo que gravou do segundo encontro com Neymar em Paris, Najila falou a mesma coisa. "Eu não quero falar sobre isso".

A modelo prestou depoimento de mais de 5 horas na última sexta (07) e saiu da delegacia carregada pelo seu advogado Danilo Garcia de Andrade após passar mal. Ela foi encaminhada ao hospital e liberada em seguida.

A defesa de Neymar disse também na sexta que o jogador tem interesse em depor para esclarecer o caso e que deve falar com a polícia no início da semana.