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Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica entra no caso Neymar

Felipe Pereira e Karla Torralba

Do UOL, em São Paulo

11/06/2019 12h11

O Ministério Público publicou uma portaria em que designou três promotoras para acompanhar o andamento das investigações do caso em que Neymar é acusado de estupro pela modelo Najila Trindade. Elas estão à frente da operação desde o último sábado e acompanham os depoimentos prestados na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher nesta terça-feira.

As promotoras Estefânia Ferrazzini Paulin, Flávia Cristina Merlini e Katia Peixoto foram designadas para o caso e fazem parte da Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica. Elas disseram que ainda não tiveram acesso ao depoimento de Najila e a algumas provas.

"Nós apenas estamos acompanhando as provas que serão colhidas: provas orais, perícia técnica etc. Ao final, vamos formar nosso posicionamento. Óbvio que todos os crimes que envolvam mulher e violência doméstica são tratados como crime de violência doméstica e correrão na nossa vara", disse Estefânia Paulin.

Segundo a promotora Flavia Merlini, as provas ainda estão sendo analisadas"Nós estamos aguardando a colheita de toda produção da prova para formar nossa convicção a respeito do caso. A gente ainda não tem. Nós ainda estamos analisando todas as provas, isso será feito coletivamente".

Neymar é acusado de estupro por Najila após um encontro que os dois tiveram em Paris, na França. A expectativa é que o jogador do PSG compareça à 6ª Delegacia de Direitos da Mulher (DDM) no final desta semana para prestar depoimento.

Esse será o segundo depoimento de Neymar envolvendo o encontro com Najila em Paris. O primeiro aconteceu no Rio de Janeiro, em 6 de junho, quando o atleta falou na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática por causa do vazamento de imagens íntimas da modelo no Instagram do jogador.

Na ocasião, o carro onde o jogador estava foi cercado por jornalistas e crianças que queriam ter a oportunidade de ficar perto do astro do futebol.

Ontem, Danilo Garcia de Andrade, advogado de Najila, decidiu deixar o caso após a modelo não entregar a íntegra de um suposto vídeo, citado como peça importante contra Neymar. A acusadora afirma que a gravação está em um tablet rosa que teria sumido de seu apartamento. Até o momento, foram exibidos 66 segundos de uma gravação que teria sete minutos.