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Seleção vê vaia "natural" de torcedor que pagou ingresso caro na C. América

Bruno Grossi, Danilo Lavieri, Marcel Rizzo e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

15/06/2019 12h00

Os jogadores da seleção brasileira trataram com naturalidade as vaias que receberam dos torcedores ao fim do primeiro tempo na estreia da Copa América contra a Bolívia, nesta sexta (14), no Morumbi. Para o zagueiro Thiago Silva, por exemplo, houve alguns motivos para a torcida demonstrar insatisfação. E não apenas a atuação irregular do time no primeiro tempo.

"Hoje tiveram algumas vaias, principalmente no final do primeiro tempo e é compreensível. Não abrimos logo o placar, teve ingressos caros, é normal que o torcedor vaie. Mas a gente tem também a ideia de que não fizemos um jogo tão abaixo no primeiro tempo, encontramos uma equipe muito bem estruturada e que nos propôs dificuldade. A partir do primeiro gol as coisas ficaram mais fáceis", disse Thiago Silva, aos 34 anos um dos mais experientes desse elenco.

As vaias ocorreram ao fim do primeiro tempo, com o 0 a 0 no placar. São Paulo, normalmente, é um terreno hostil para a seleção brasileira e o gol no início do jogo poderia anular qualquer possibilidade de critica, mas ele não saiu. Apenas no segundo tempo o time deslanchou para marcar a vitória de 3 a 0.

"Acho que é normal a pressão, principalmente para uma estreia, você quer tirar o peso das costas para fazer o primeiro gol, o gol não sai, o nervosismo chega, aparecem as vaias, você acaba tomando algumas atitudes que não costuma tomar, vai perdendo a confiança. Mas acredito que num todo fizemos um bom jogo, não tomamos gol, que é o importante também", disse Thiago Silva.

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Willian foi convocado para o lugar do machucado Neymar, herdou a camisa 10 nesta Copa América e entrou na estreia no segundo tempo no lugar de Richarlison. Para o meia, que ouviu as vaias do banco de reservas, é normal sofrer pressão atuando em casa.

"Acho que temos que estar focado, mentalmente forte, independentemente do que aconteça. Às vezes vamos sofrer algum tipo de pressão durante o jogo, mas continuamos jogando e conseguimos o gol", disse Willian.

Um dos mais jovens do elenco aos 22 anos, David Neres, que teve o Morumbi como sua casa quando se profissionalizou no São Paulo, teve uma visão um pouco diferente dos colegas.

"Não entendi muito bem porque vaiaram, mas faz parte", disse o atacante do Ajax.