Refugiados ganham entradas para jogo da Venezuela no Mineirão: "impagável"
Eles deixaram a Venezuela, em crise política e econômica, para tentar uma vida melhor no Brasil. Depois de passarem meses na fronteira entre os países, chegaram a Belo Horizonte. Na capital mineira, já guardam a recordação de um dia inesquecível.
A Minas Arena, gestora do Mineirão, convidou 20 refugiados da Casa do Migrante, projeto da arquidiocese de BH em parceria com a Providens, para assistir à partida entre Bolívia e Venezuela no estádio. Ao lado de três funcionários da casa de apoio, o grupo pôde acompanhar o duelo válido pela terceira rodada da Copa América.
Edmundo Cabas, de 43 anos, foi um dos venezuelanos agraciados com as entradas concedidas pelo Mineirão. No Brasil há nove meses, ele era um dos mais empolgados com a chance de ver a sua seleção em campo.
"Gostou muito, muito, bastante de futebol. No meu país, não tive a possibilidade de assistir a um jogo da seleção, este é o primeiro", disse ao UOL Esporte.
"Aqui no Brasil é a terceira vez que venho [ao Mineirão]. Eu vim assistir aos jogos Cruzeiro e Deportivo Lara e também Zamora e Atlético Mineiro. Agora estou aqui na Copa América", acrescentou.
Em Belo Horizonte desde fevereiro deste ano, quando a Casa do Migrante recebeu o primeiro grupo de refugiados venezuelanos, Edmundo até muda a fisionomia ao falar da hospitalidade do povo brasileiro.
"Não há como pagar o carinho que o povo brasileiro tem por nós, tudo o que tem feito por nós. Eles têm nos ajudado a trabalhar. Eu sou do primeiro grupo da casa, e o primeiro grupo está todo trabalhando. Eu tive um pequeno problema de saúde e tive que voltar à casa, mas todos costumam nos ajudar bastante", comentou.
Apesar do amor pelo Brasil, Edmundo não esconde que o seu desejo é voltar à Venezuela. Ele espera que a crise política e econômica do país seja rapidamente solucionada.
"A questão na Venezuela está bastante ruim. Para você viver bem, precisa migrar a outro país com mais oportunidades de emprego. Depois, vou tentar trazer a minha família para cá. Mas quero um dia poder voltar à Venezuela, porque você só é feliz em seu país. Você é brasileiro e pode até ser feliz na Espanha, mas depois falta um pouco da sua cultura", concluiu.
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