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Seleção brasileira movimenta mercado e mantém livre acesso a empresários

Como já é de costume, seleção brasileira está no centro do mercado da bola - Thiago Calil/Agif
Como já é de costume, seleção brasileira está no centro do mercado da bola Imagem: Thiago Calil/Agif

Danilo Lavieri, Marcel Rizzo e Pedro Lopes

Do UOL, em Porto Alegre

24/06/2019 04h00

Com os principais jogadores de diversos times pelo mundo, a seleção brasileira vive no centro do mercado da bola. Embora o discurso dos jogadores seja sempre o de "foco total na Copa América", os atletas são constantemente avisados de propostas que já estão nas mãos dos respectivos empresários.

A política da atual comissão técnica repete o que foi feito na Copa do Mundo. Os atletas podem receber a visita de seus agentes, amigos e familiares em quase todos os dias, mas sempre com horários estabelecidos. Em cada hotel em que o Brasil se concentra, há uma sala reservada para os encontros. Idealmente, o técnico gostaria que os atletas entrassem nas competições com o futuro já resolvido, mas ele sabe que isso não é possível.

Vale lembrar que antes da entrada de Tite, a seleção se fechava completamente para a entrada de empresários na concentração. Em certos momentos, inclusive, Dunga e companhia fecharam totalmente o cerco para evitar a presença de agentes do mercado. O treinador foi a público para afirmar que não gostaria de ver "um balcão de negócios".

A flexibilidade atual permite que atletas consigam pensar no seu futuro enquanto não tem atividade com a seleção. Daniel Alves, por exemplo, anunciou que não continuará no PSG, confirmando a tendência revelada pelo UOL Esporte. Ele tem propostas de outras equipes europeias e mexe com o imaginário dos times brasileiros. É muito provável, no entanto, que ele continue no Velho Continente.

Outro atleta do PSG que começa a discutir a sua situação é Thiago Silva. Ele só tem contrato até junho de 2020 e quer pelo menos mais duas temporadas para continuar na França. Neymar é mais um que engordaria a lista, mas a lesão no tornozelo o tirou da seleção.

Willian também recebe sondagens a todo instante. O atleta do Chelsea só tem contrato até o meio do ano que vem e já recusou diversas propostas, como a do Shanghai, da China, revelada pelo UOL Esporte. Sua intenção é se manter na Europa. Atlético de Madri e Barcelona já foram especulados pela imprensa europeia como possíveis destinos.

Por falar em Espanha, lá estão Philippe Coutinho e Filipe Luís. O primeiro ainda tem contrato com o Barcelona, mas sua última temporada fez a equipe catalã repensar seu posicionamento. Jornais espanhóis afirmaram que ele estava à venda.

Já o lateral esquerdo fica sem contrato em mais uma semana e é desejo do Lyon, da França. Sylvinho, agora técnico da equipe francesa, quer usar o seu bom relacionamento para reforçar a sua equipe. O Flamengo está entre os brasileiros que já manifestaram interesse em repatriá-lo.

Miranda tem contrato na Inter de Milão só até o meio do ano que vem e já começou a perder espaço entre os titulares. O zagueiro é outro que desperta o interesse de times brasileiros que pensam em se reforçar.

A seleção ainda tem Allan na mira de equipes como o PSG, mas o Napoli faz jogo duro e pede mais de R$ 300 milhões por um negócio. David Neres, do Ajax, também é sondado após a boa temporada, mas os holandeses pensam em renovação.

Por fim, Éverton, do Grêmio, fica cada vez mais longe de continuar no Brasil. Com a ótima atuação na seleção e a conquista da titularidade durante a Copa América, os empresários de Cebolinha relatam que o telefone - que já tocava antes - não para de tocar.