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Como a seleção ignora 7 a 1 em volta ao Mineirão para nova semifinal

Seleção brasileira não quer saber de 7 a 1 e mira em outra memória ao voltar ao Mineirão - Luis ACOSTA / AFP
Seleção brasileira não quer saber de 7 a 1 e mira em outra memória ao voltar ao Mineirão Imagem: Luis ACOSTA / AFP

Danilo Lavieri, Marcel Rizzo, Marinho Saldanha e Pedro Lopes

Do UOL, em Porto Alegre

28/06/2019 12h00Atualizada em 28/06/2019 21h05

Voltar ao Mineirão sempre traz uma lembrança dura para a seleção brasileira. Foi no estádio de Belo Horizonte que aconteceu a pior derrota da história, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, para Alemanha, por 7 a 1. O jogo ainda é fantasma ao regressar lá, porém uma memória mais recente faz com que o infortúnio contra Neuer, Lahm, Kroos e companhia seja praticamente ignorado.

A semifinal da Copa América, na próxima terça-feira, às 21h30, irá o encontro com a Argentina, que em novembro de 2016 foi ápice da equipe de Tite. O Brasil caminhava para a Copa do Mundo de 2018 e aplicou um 3 a 0 que marcou na trajetória na avaliação do comando técnico. Contra um importante adversário, pela 11ª rodada das Eliminatórias, a seleção exorcizou os fantasmas da casa mineira, e agora aposta nisso prestes a retornar lá.

"Focamos na energia boa, no lado positivo, vamos focar nesse jogo que ganhamos da Argentina. Foi um excelente jogo que fizemos, uma excelente atuação em todos os aspectos. Contra um excelente adversário, que talvez pode ser o mesmo, vamos ver. A única coisa que pedimos é que a galera esteja com a gente, no pensamento positivo para fazermos um grande jogo", disse o zagueiro Marquinhos, presente na vitória.

E apostando na memória recente, o assunto 7 a 1 sequer foi papo entre os jogadores após a classificação nos pênaltis sobre o Paraguai. O maior vexame da história da seleção ficou no passado e não precisa ser revivido a cada volta ao estádio onde ocorreu.

"As coisas que passaram, não podemos mudar. Não pensamos muito nisso. Queremos é trabalhar a cada jogo para conseguir nossos objetivos", sentenciou Philippe Coutinho, autor de um dos gols contra a Argentina em 2016. "Não temos que ficar pensando no passado", completou Marquinhos.

Da equipe que enfrentou os hermanos naquele ano, Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva, Fernandinho, Coutinho e Gabriel Jesus fazem parte do grupo atual. Além de toda comissão técnica.

"Me lembro de ter enfrentado o Cruzeiro umas três vezes no Mineirão pelo Palmeiras. Tenho muito boas lembranças de lá", sorriu Jesus. "Agora é outro momento, seleção brasileira... Quero descansar e a partir de amanhã (sexta) ver quem vai vir (como adversário na semifinal). O que vier, temos que encarar da mesma forma, com respeito, mas sabendo que somos o Brasil, jogando em casa, e temos que ir com tudo para ganhar", completou.

Coma vitória da Argentina sobre a Venezuela por 2 a 0, nesta sexta (28), no Maracanã, o grande clássico sul-americano está confirmado para terça.