Argentina encurta distância para o Brasil mesmo com Messi abaixo da média

Antes de a bola rolar para a Copa América, o Brasil via a arquirrival Argentina degraus abaixo em relação à formação das equipes. É bem verdade que a distância ainda existe, mas a "Albiceleste", ainda que Messi não viva seus melhores dias, encurtou um pouco o tamanho do abismo.

A equipe de Lionel Scaloni está longe de encantar, mas mostrou alguma evolução nas partidas contra Qatar e Venezuela. Nas quartas, o time mostrou mais solidez defensiva e poder de decisão na hora em que as chances mais concretas apareceram.

Ainda em busca de uma identidade, Scaloni tem abusado das trocas ao longo da competição. Em quatro jogos, o treinador mandou a campo formações diferentes em todos eles. No Maracanã, o zagueiro Foyth jogou na lateral, e Pezella e Acuña jogaram como titulares. A equipe teve pouca posse de bola, mas não passou tantos sustos ante os venezuelanos.

Ao longo da disputa, nomes como Paredes, Rodriguez, Lo Celso, Casco, Dybala e Pereyra também já foram acionados, em uma clara mensagem de que a busca pelo time ideal ainda está em curso.

Messi tem sido "salvo" pelo bom momento de Agüero e Lautaro Martínez, decisivos para a caminhada argentina nos gramados brasileiros. Após o duelo no Rio de Janeiro, o camisa 10 reconheceu que não atravessa seu melhor momento.

"A verdade é que não está sendo minha melhor Copa América, o que eu já esperava", disse.

Apesar do futebol abaixo da média de seu principal astro, Scaloni ressaltou o que o craque agrega em campo e no vestiário. Sobre o progresso de sua equipe, ele atribuiu o salto de qualidade ao trabalho realizado.

"Estamos satisfeitos com o trabalho, se vê melhorias. Nós vemos melhoria e a identidade de jogadores que jogam por essa camisa. Há jovens que estão nos dando muita satisfação, estamos mirando o que vem pela frente", afirmou ele.

Sobre o Brasil, o comandante disse esperar um jogo equilibrado, mas o meia De Paul tratou de jogar o favoritismo para o lado do rival. Segundo o jogador da Udinese, a seleção de Tite é a grande favorita da competição, mas ele lembrou que os bicampeões mundiais têm "três monstros" no ataque, em referência a Messi, Agüero e Martínez. Em um processo gradual de crescimento, a Argentina espera subir alguns degraus contra o seu principal adversário.