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Famílias da seleção fazem "romaria" até final mesmo sem apoio extra da CBF

Clima de união e familiar é uma das apostas de Tite para a seleção brasileira ser campeã - Lucas Figueiredo/CBF
Clima de união e familiar é uma das apostas de Tite para a seleção brasileira ser campeã Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri, Marcel Rizzo e Pedro Lopes

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/07/2019 04h00

Uma das apostas de Tite desde o seu primeiro dia na seleção brasileira foi permitir que os jogadores vivessem o maior tempo possível ao lado de seus familiares durante as concentrações e as competições. Na Copa América, a regra se manteve, o que tem promovido uma verdadeira "romaria" das famílias por cada cidade-sede da competição.

Diferentemente do que ocorreu na Copa do Mundo, desta vez, a CBF não dá apoio extra aos que querem acompanhar de perto os jogos. Cada família precisa fazer as suas próprias reservas de hotel e de passagens.

Na Rússia, a entidade fez viagens antes do Mundial para decidir onde ficariam as famílias e fez as reservas. Cada jogador convocado tinha um limite de quartos para oferecer, assim como funcionários e membros da comissão técnica. O pagamento ficava por conta dos atletas.

O que se repete é a abertura das concentrações para os familiares. Há salas reservadas para o encontro e uma variedade de horários para que todos possam confraternizar com os mais próximos. Amigos e empresários entram na mesma permissão. Também para facilitar o lazer, Tite deu folgas estratégicas, como a da última quarta-feira, logo depois da semifinal.

Como não há um esquema preparado pela CBF, os deslocamentos têm mais variações do que tinha na Rússia, quando todos iam juntos. Ainda assim, algumas situações se repetem em relação ao que foi visto anteriormente. A mãe de Gabriel Jesus e a mãe de Fernandinho, por exemplo, mantiveram a proximidade vista na Europa e até mesmo em reportagens especiais da TV Globo.

O pai de Willian, outro fiel escudeiro do filho, é outro que acompanha sempre a delegação. Ele esteve nas partidas em Salvador e em São Paulo. Nessas cidades, Éder Militão também recebeu visitas, inclusive, durante os treinamentos no Barradão.

Após a sofrida classificação contra o Paraguai, nas quartas de final, o mesmo avião carregou um verdadeiro bonde de familiares de Roberto Firmino e alguns parentes de Marquinhos, como a sua mulher, Carol Cabrino, que está grávida e sempre anda acompanhada de sua primeira filha.

No jogo do Mineirão, contra a Argentina, estiveram lado a lado em camarotes separados por um pequeno muro as famílias de Edu Gaspar e a de Tite. Duas portas para o lado, estavam a mulher e os filhos de Lionel Messi.

Nesta partida, Alisson, Philippe Coutinho, Gabriel Jesus, Thiago Silva, Richarlison e Daniel Alves também levaram parentes, amigos, funcionários e empresários.

Na final, no Rio de Janeiro, é esperado que todos os jogadores tenham representantes no Maracanã. Em caso de festa, é provável que vários deles entrem no gramado para fotos de comemoração, especialmente os casos dos atletas que têm filhos pequenos.