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Messi tem razão? Brasil também já sofreu com decisões da Conmebol

Diego Salgado, José Edgar de Matos e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

07/07/2019 12h00

Quando acabou a partida de ontem (6) contra o Chile, os argentinos dispararam contra os brasileiros e a Conmebol. Segundo Lionel Messi, a seleção de Tite teria sido favorecida por um suposto esquema para conquistar o título da Copa América. Tal teoria tem como embasamento o desempenho da arbitragem nos jogos em que a equipe perdeu para os donos da casa, na semifinal, e na disputa pelo terceiro lugar (que teve a expulsão do camisa 10). No entanto, o Brasil já sofreu bastante também com decisões recentes da entidade que comanda o futebol no continente.

Quando o assunto é Copa Libertadores, as reclamações de equipes brasileiras são recorrentes. No ano passado, por exemplo, o Santos foi julgado e perdeu o jogo das oitavas de final do torneio por 3 a 0 por ter escalado Carlos Sánchez de maneira irregular contra o Independiente, da Argentina. No campo, o duelo ficou no 0 a 0.

Também no ano passado, o Cruzeiro acabou sendo prejudicado ao ter o zagueiro Dedé expulso de maneira injusta em partida contra o Boca Juniors. Na ocasião, o defensor teve um choque de cabeça com o goleiro adversário e recebeu o cartão vermelho.

Ainda na Libertadores de 2018, diversos clubes brasileiros reclamaram da atuação da Conmebol em relação à decisão. River Plate e Boca Juniors não conseguiram organizar o segundo jogo em Buenos Aires por causa da falta de segurança e não receberam qualquer tipo de punição. O jogo acabou sendo realizado na Espanha.

O São Paulo também reclamou muito de arbitragem durante a sua campanha na Copa Libertadores de 2016, quando Maicon foi expulso na semifinal, contra o Atlético Nacional, da Colômbia. Em 2013, o Corinthians, que era dirigido por Tite, foi eliminado da Libertadores após atuação polêmica do juiz Carlos Amarilla, em partida contra o Boca Juniors, no Pacaembu.

Aliás, a relação entre CBF e Conmebol ficou bastante estremecida em 2018. Na época, o então presidente da confederação brasileira, Coronel Nunes, não acompanhou os mandatários de outros países na escolha da seda da Copa do Mundo de 2026. Por isso, os clubes brasileiros passaram a ter muita dificuldade na hora de atuar nos bastidores.