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São Paulo diz ter recusado proposta de mais de R$ 85 milhões por Antony

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

09/07/2019 14h04

O São Paulo diz ter recebido e recusado uma proposta de mais de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 85,5 milhões) por Antony. Foi o que o diretor-executivo Raí e o gerente-executivo Alexandre Pássaro informaram na tarde de hoje, no CT da Barra Funda. Os cartolas reforçaram ainda que não querem liberar nenhum dos garotos que surgiram nesta temporada.

"A janela começou há nove dias e tem mais 50 pela frente, mas o nosso direcionamento é segurar os garotos. Prova disso foi que recusamos uma proposta de mais de 20 milhões de euros pelo Antony na semana passada", disse Alexandre Pássaro, que não quis revelar o nome da equipe que fez a proposta. Há alguns meses, o Ajax fez uma sondagem pelo atacante.

Antony foi a única das revelações do Tricolor que chegou a receber uma oferta, de fato. Outros apenas foram alvos de consultas de clubes do exterior, que prontamente foram informados pelo São Paulo de que não havia chance de negócio. São os casos dos zagueiros Morato e Walce, sondados por Benfica e Porto, respectivamente.

"Temos hoje seis, sete jogadores da base que podem custar até 15 milhões de euros neste ano, mas que daqui uma temporada podem valer 40 milhões de euros. É uma questão de inteligência, de ter retorno esportivo, principalmente, e depois de valorização para o São Paulo e para o atleta e seus agentes. Morato é um exemplo. É uma pérola 'made in Cotia', acabamos de renovar o contrato dele e queremos vê-lo jogando aqui", ressaltou Raí.

O ex-jogador também aproveitou para dar satisfação a Antony pela proposta recusada: "É uma oportunidade de falar com ele e o agente (Júnior Pedroso). Não queremos que ele fique por castigo. É uma diferença dos últimos anos, aliás, quando jogadores queriam sair sempre. Hoje eles têm vontade de ficar. Queremos que fique pelo resultado esportivo, depois de tudo o que investimos na formação dele, mas também para que ele saia muito mais valorizado daqui um, dois anos".

Pássaro complementou o raciocínio de Raí. E citou uma conversa recente com Walce, pouco antes de o zagueiro estrear como profissional, para exemplificar uma tentativa de mudar a filosofia do clube. "O grande argumento é mostrar pra eles o caminho que existe. Antes sentiam como um castigo ficar. Hoje é oportunidade gigantesca. Walce ainda não estava jogando, mas eu disse que ainda teria chance, que era para ficar. Ele disse que o sonho era jogar no São Paulo e que estava feliz. Dias depois ele jogou. E agradeceu. O caminho está pavimentado", contou o gerente.

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