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Torcida humana: Athleticanos indicam setor para flamenguistas na Arena

Arena da Baixada recebe o primeiro jogo entre Athletico e Flamengo, amanhã - Divulgação/Athletico
Arena da Baixada recebe o primeiro jogo entre Athletico e Flamengo, amanhã Imagem: Divulgação/Athletico

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

09/07/2019 19h33

A torcida Os Fanáticos, principal organizada do Athletico Paranaense, indicou o setor Coronel Dulcídio Superior para os flamenguistas ficarem na Arena da Baixada no jogo de amanhã (10), às 21h30 (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Brasil.

O clube paranaense adota a chamada 'torcida humana' nos jogos como mandante, medida esta que não é de agrado da organizada. Com isso, os torcedores do Athletico sugeriram aos flamenguistas, informalmente, um setor para eles ficarem no estádio.

A informação foi inicialmente divulgada pelo site Gazeta do Povo e confirmada pelo UOL Esporte com o presidente da torcida Os Fanáticos, Adilson Pereira, que criticou a medida que vem sendo adotada pelo Athletico desde o ano passado, em conjunto com o Ministério Público.

"Isso é a prova da incompetência do poder público, onde se admite claramente que são incapazes de garantir segurança em qualquer ocasião, um desrespeito total ao estatuto do torcedor e ao direito de ir e vir que a constituição nos garante", disse Adílson.

Em resposta à prática adotada pelo Athletico, o Flamengo fará o mesmo no jogo de volta, marcado para o dia 17 de julho, no Maracanã. Sendo assim, não haverá um espaço reservado no estádio para os torcedores da equipe paranaense.

Na prática, o modelo da 'torcida humana' adotado pelo Athletico consiste em torcedores de equipes visitantes não poderem entrar na Arena da Baixada com a camisa de seus clubes e não terem um espaço reservado separadamente para acompanhar os jogos.

O Athletico argumenta que a "torcida humana", implementada com apoio do Ministério Público do Paraná (MP-PR), vem funcionando bem desde o ano passado. Já o MP alega que o formato com torcida única tenta reduzir a violência e otimizar o trabalho da Polícia Militar.