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Ricardo Oliveira explica seca no Atlético-MG e cita Gabriel Jesus na Copa

Ricardo Oliveira, atacante do Atlético-MG, vive um jejum de gols em 2019 - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Ricardo Oliveira, atacante do Atlético-MG, vive um jejum de gols em 2019 Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

08/08/2019 16h40

Ricardo Oliveira chegou à marca de 1.105 minutos sem marcar um gol sequer com as cores do Atlético-MG. O atacante de 39 anos não sabe o que é estufar as redes desde 27 de abril, na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, pela primeira rodada do Brasileiro. Cobrado pelo jejum, ele se manifestou e lembrou a situação de Gabriel Jesus durante a Copa do Mundo 2018.

A comparação é inevitável. Gabriel Jesus foi titular da seleção brasileira no torneio disputado na Rússia. No período, fez cinco partidas e não balançou as redes, o que culminou em críticas.

"O Gabriel Jesus sofreu muito depois da Copa do Mundo. Por quê? Não fez gol. Mas e o trabalho que ele fez para a seleção? Ninguém quis saber, mas foi do caramba. O treinador aplaudiu. O time reconheceu. Todos sabiam do trabalho que ele fazia. Infelizmente, é assim, a gente sabe que esse tipo de cobrança vai existir. Eu tenho essa cobrança comigo. Eu sempre soube fazer gol", disse o camisa 9 do Atlético.

A justificativa para a ausência de gols de Gabriel Jesus no decorrer da Copa do Mundo era a necessidade de jogar de forma coletiva. O atacante do City tinha a obrigação de ajudar na marcação.

Ricardo Oliveira tem obrigação semelhante no esquema adotado por Rodrigo Santana no Atlético. No entanto, evita dar uma justificativa semelhante à do colega de posição. Ele assume a responsabilidade pela seca.

"Eu não me apoio nesse tipo de coisa, o culpado sou eu. O time está criando, a bola está chegando, tenho que fazer o gol. Enquanto essa bola não está entrando, o que me deixa satisfeito é a participação em um todo, de marcar, dar assistência, buscar o passe para o companheiro. Eu gosto de valorizar bastante, porque sei que, quando a fase está boa, as coisas mudam. O futebol é assim. O importante é saber quem você é, o que está fazendo. É um momento do futebol, não dá para querer passar por cima, sabendo que está fazendo a coisa certa", comentou.

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