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Robinho cita papo horrível, e T. Neves isenta Mano: "O que menos tem culpa"

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

08/08/2019 01h34

Os jogadores do Cruzeiro respeitaram, mas não aprovaram a decisão de Mano Menezes de deixar o comando do time. A decisão foi tomada e oficializada após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, pela semifinal da Copa do Brasil. Antes de conceder a entrevista coletiva, Mano conversou com os atletas e a diretoria.

"Conversa horrível, né, uma despedida nunca é fácil, ainda mais de um cara que está há três anos em um clube e conquistou o que conquistou, fez o que ele fez. Agora, acho que a responsabilidade é nossa. É um cara com costas largas demais, protege todo mundo, está saindo e agora a gente tem que assumir a bronca", iniciou Robinho.

"É difícil falar nesse momento, estou chateado demais, estou triste, realmente senti muito, porque eu não queria. Mas ele fez um trabalho espetacular aqui, de cabeça erguida em um momento difícil. Lógico que ele não merece passar pelo que está passando, a responsabilidade é nossa. A gente precisava jogar melhor, render mais, e não conseguiu", acrescentou.

Thiago Neves também saiu em defesa de Mano Menezes. Bastante apagado na partida desta quarta (7), o camisa 10 chamou a responsabilidade e disse que o técnico é o menos culpado na situação ruim do Cruzeiro. Nos minutos finais da derrota no Mineirão, Mano ouviu gritos de burro e outros xingamentos do torcedor.

"Todo mundo xinga o treinador neste momento, mas é o que o menos tem culpa. A gente está dentro de campo, a gente que resolve, a gente que toma a iniciativa, momento é de se abraçar, ficar quieto e trabalhar para tentar reverter", falou o meia.

"Não concordo, queria que ele ficasse. Entendo também ele ser chamado de burro, acho que ele está até protegendo a gente. Ser chamado de burro hoje com 47 (minutos), de repente no outro jogo seria chamado com 30, no outro seria chamado com 15 e a gente com certeza ia sentir isso dentro de campo. E o Mano é inteligente demais para proteger os jogadores dele. O que ele está fazendo acho que é bem isso. Dar tempo para outro profissional chegar e conseguir trabalhar. Eu não queria de maneira alguma, mas partiu dele, a diretoria entendeu, não tenho o que fazer, se eu pudesse eu falaria para ele ficar, mas não depende só de mim, dos jogadores. É uma decisão dele", encerrou Robinho.

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