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Brasileirão - 2019

Irritação e questão de saúde "inverteram papéis" de técnicos do San-São

Cuca e Sampaoli tiveram caminhos cruzados até o clássico de amanhã, pelo Brasileirão - Montagem sobre fotos de Thiago Ribeiro/AGIF e Marcello Zambrana/AGIF
Cuca e Sampaoli tiveram caminhos cruzados até o clássico de amanhã, pelo Brasileirão Imagem: Montagem sobre fotos de Thiago Ribeiro/AGIF e Marcello Zambrana/AGIF

Arthur Sandes e Eder Traskini

Do UOL, em São Paulo

09/08/2019 12h00

Cuca e Jorge Sampaoli poderiam muito bem estar em lados opostos no clássico entre São Paulo e Santos, às 17 horas (de Brasília) de amanhã, pelo Campeonato Brasileiro. O atual técnico tricolor deixou a Vila Belmiro em dezembro por causa de problemas de saúde, enquanto o comandante santista não foi parar no Morumbi por detalhes, em 2015.

Há quatro anos, Sampaoli era o sonho de consumo do São Paulo após a terceira passagem de Muricy Ramalho. Ele chegou a firmar pré-contrato, segundo a diretoria tricolor revelou à época, mas a seleção chilena não permitiu sua saída.

A negociação vazou e foi amplamente noticiada, o que irritou muito o treinador por acontecer às vésperas da Copa América de 2015 - que ele próprio venceria com o Chile. Acabou que o colombiano Juan Carlos Osorio desembarcou no Morumbi, enquanto o Sampaoli iria para o Sevilla (ESP) em 2016.

Por coincidência, Cuca era um dos nomes avaliados pelo São Paulo naquele mesmo período de 2015, quando trabalhava no futebol chinês. Mas ele só voltaria ao Brasil para treinar o Palmeiras, em março do ano seguinte, e então conquistar seu primeiro (e até hoje único) Campeonato Brasileiro. O técnico chegou à Vila Belmiro na metade do ano passado, espantou o perigo do rebaixamento e encerrou o ano de forma até tranquila.

É aqui que a história influencia diretamente o clássico de amanhã, válido pela 14ª rodada do Brasileirão: Cuca se despediu do Santos para fazer uma cirurgia no coração e poder se recuperar em casa, longe do estresse do futebol; acertou com o São Paulo em fevereiro mas só voltou à rotina de treinador dois meses depois, liberado pelos médicos. Não fosse a questão de saúde, o técnico talvez estivesse no Peixe até hoje; assim como Sampaoli teria carreira diferente se tivesse escolhido o São Paulo em 2015.

Amanhã, o São Paulo de Cuca espera derrubar o líder do Brasileirão para alimentar suas esperanças de título. Já o Santos de Sampaoli tenta manter (ou abrir ainda mais) vantagem na ponta do Brasileirão. O Alvinegro soma 32 pontos, enquanto o Tricolor tem 21, no sexto lugar.