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STJD diz que vai analisar caso de homofobia em Vasco x São Paulo

Luxemburgo pede para torcida parar com gritos homofóbicos - Reprodução
Luxemburgo pede para torcida parar com gritos homofóbicos Imagem: Reprodução

Beatriz Cesarini

Do UOL, em São Paulo

26/08/2019 12h27

O caso de homofobia registrado na súmula da partida entre Vasco e São Paulo está em análise no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O jogo em São Januário foi o primeiro a ser paralisado após a entidade recomendar que os árbitros relatem qualquer tipo de manifestação do tipo.

Ontem, a torcida cruz-maltina entoou o grito "time de veado" pelas arquibancadas e o árbitro Anderson Daronco registrou na súmula da partida. Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, o caso já está sendo analisado pelo procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua. O Vasco pode perder três pontos no Campeonato Brasileiro caso seja considerado culpado.

Assim que o jogo foi paralisado aos 19 minutos do segundo tempo por causa dos gritos homofóbicos, o treinador Vanderlei Luxemburgo começou a fazer gestos com as mãos e pediu para que os torcedores vascaínos parassem o coro. Além disso, o sistema de som do estádio São Januário foi acionado e o locutor falou para o público cessar com a cantoria "para não prejudicar o Vasco".

A recomendação do STJD foi divulgada na última segunda-feira. O principal objetivo é combater os casos de homofobia no futebol brasileiro. No comunicado, o órgão pediu para que os clubes atuem de maneira preventiva contra o preconceito e determinou que os árbitros fizessem o registro na súmula ao se deparar com as manifestações homofóbicas.

A possibilidade de punição à homofobia é uma reação do STJD à pressão da Fifa e do Supremo Tribunal Federal. Em junho, o STF decidiu aplicar a legislação de crimes de racismo para punir homofobia e transfobia. Além disso, a entidade que regulamenta o futebol no mundo emitiu um comunicado em julho deste ano e pediu para que seus filiados combatam as práticas discriminatórias.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Foi informado incorretamente no último parágrafo que STF seria Superior Tribunal Federal. O certo seria Supremo Tribunal Federal.