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Leila faz 1ª aparição pós-crise, mas silencia sobre protestos contra Mattos

Leila Pereira em entrevista coletiva no Palmeiras - Bruno Ulivieri/Ofotográfico/Folhapress
Leila Pereira em entrevista coletiva no Palmeiras Imagem: Bruno Ulivieri/Ofotográfico/Folhapress

Danilo Lavieri, Flávio Latif e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

05/09/2019 15h11

Resumo da notícia

  • Dona da Crefisa apareceu em evento com a imprensa pela primeira vez após a crise
  • Ao lado do marido, ela acompanhou a apresentação de Mano, mas não comentou protestos
  • Patrocinada pela Crefisa no Carnaval, torcida organizada pede saída de diretor

A cúpula do Palmeiras apareceu unida de forma pública pela primeira vez desde o início da crise que começou após a eliminação do time na Libertadores na semana passada. Reunidos na apresentação do técnico Mano Menezes na tarde de hoje, os principais dirigentes preferiram não conversar com a imprensa sobre os insistentes protestos que têm o diretor Alexandre Mattos como principal alvo.

Dona da patrocinadora Crefisa e forte candidata a suceder a Maurício Galiotte na presidência, Leila Pereira foi ao centro de treinamento acompanhada por José Roberto Lamacchia, seu marido, e evitou comentar a situação. "Hoje eu vim aqui para ver a apresentação do nosso treinador, desculpa", limitou-se a dizer.

O silêncio da dupla tem sido encarado com estranheza por parte do Conselho Deliberativo do clube. Os dois patrocinam a festa de Carnaval da Mancha Verde, têm bom relacionamento com os líderes da organizada e sempre apareceram em fotos na quadra do grupo, mas não comentaram a situação em nenhum momento.

Sempre que questionada, a conselheira disse que era a favor do trabalho de Mattos e chegou a dizer que poderia sair do clube se ele não continuasse no cargo. Desde o início das manifestações, no entanto, sua única manifestação tinha sido em um post no Instagram dizendo que não era responsável pela escalação ou pelas contratações.

Maurício Galiotte, por sua vez, já tinha ido a público para defender o diretor antes da derrota para o Flamengo que derrubou Felipão. Acompanhado de seu braço direito e vice-presidente, Paulo Buosi, ele também foi breve e disse que continuará trabalhando para que o Palmeiras volte às vitórias. Ele tem mandato até 2021 e não pensa em troca no cargo.

Galiotte, aliás, também preferiu adotar o silêncio sobre os áudios que vazaram com críticas de Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo. Nas mensagens, o veterano das Alamedas do Palestra Itália, visto como aliado da situação até então, disse que contratar Mano Menezes era "burrice" e que isso poderia "enterrar o mandato" do presidente.

No Palmeiras, os conselheiros tentam entender a origem da crise entre Mancha Verde e a diretoria. Desde a saída de Paulo Nobre e entrada de Galiotte, a organizada voltou a ter canal de comunicação no clube, consegue comprar ingressos para jogos fora e tem tido representantes na vida política do Alviverde. O término da paz ainda não foi totalmente compreendido por todos na direção.

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