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Flamengo publica foto de visita de Bretas e discussão política volta à tona

Juiz Marcelo Bretas visita CT do Flamengo e cumprimenta técnico Jorge Jesus - Alexandre Vidal/CRF
Juiz Marcelo Bretas visita CT do Flamengo e cumprimenta técnico Jorge Jesus Imagem: Alexandre Vidal/CRF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

06/09/2019 04h00

Uma publicação do perfil oficial do Flamengo no Twitter, hoje (5), fez com que a discussão política em torno do clube e dirigentes voltasse à tona. Na imagem, o juiz federal Marcelo Bretas, ao lado do vice-presidente de futebol Marcos Braz, aparece cumprimentando o técnico Jorge Jesus em uma sala do departamento de futebol, no CT Ninho do Urubu.

Pouco depois da publicação ir ao ar, alguns rubro-negros fizeram críticas, apontando que Bretas é alinhado ao governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), que adota uma política de segurança pública bastante criticada e, em oportunidades anteriores, se mostrou engajado aos ideais do presidente Jair Bolsonaro.

Por outro lado, torcedores do Flamengo salientaram que Bretas é um juiz, sem filiação a partido político, e ressaltaram que as diretorias dos clubes costumam ter contatos e agendas com aqueles que comandam as esferas públicas, independentemente de ideologia política.

A discussão política em torno do Rubro-Negro não chega a ser novidade. No começo de abril, quando o golpe militar de 1964 completou 55 anos, um grupo de torcedores realizou uma homenagem a Stuart Angel - filho de Zuzu Angel -, ex-remador do clube e uma das vítimas da ditadura. O Flamengo, por sua vez, emitiu uma afirmando que a ação não foi institucional e que "não se posiciona sobre assuntos políticos".

À época, a manifestação oficial gerou muitas críticas nas redes e, sempre que o assunto vem à tona, é lembrado. O episódio ganhou ainda mais atenção quando, dias depois, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), que ganhou notoriedade ao quebrar a placa em homenagem a Marielle Franco, recebeu do clube uma camisa com o número 17 às costas.

Desde então, postagens que envolvem figuras políticas levantam debates sobre o papel dos dirigentes e da instituição.

Marcelo Bretas ganhou notoriedade no fim de 2015, quando a operação Lava Jato foi desmembrada e parte das investigações passou a ser feita pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.