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Estreia discreta freia empolgação com Vinícius Júnior na seleção brasileira

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Bruno Grossi

Do UOL, em Los Angeles (EUA)

11/09/2019 12h00

Desde a apresentação dos jogadores da seleção brasileira em Miami, na semana passada, a comissão técnica se mostrava preocupada com Vinícius Júnior. Zelo natural para um garoto de 19 anos que defenderia a seleção principal pela primeira vez na carreira e que passava por certa euforia de parte da imprensa e do público sobre o atacante do Real Madrid.

O temor era sobre como seriam as reações sobre o jovem em caso de uma atuação ruim. Foi por isso que Tite optou por não usá-lo no intenso e duro empate com a Colômbia, na última sexta-feira, e reservar apenas uma parte do segundo tempo da derrota para o Peru para Vinícius. Uma dose controlada para tirar a ansiedade do jogador e o peso que a alta expectativa externa poderia gerar.

Jornalistas espanhóis estiveram na cola do jovem - e também de Neymar, que poderia ter ido para o Barcelona no primeiro dia da data Fifa -, e as perguntas seguidas sobre Vinícius chegaram a assustar Tite. O técnico tentou conversar mais com o garoto e contou com a ajuda de outros jogadores mais experientes para que a ambientação fosse mais rápida e houvesse uma blindagem maior sobre a promessa revelada pelo Flamengo.

Vinícius estreou pela seleção ontem contra o Peru com bastante disposição, mas teve problemas para concluir as jogadas. Errou feio uma tentativa de chute de primeira, foi afobado para tentar dribles e se destacou mais em dois lances: uma tabela com Neymar que foi neutralizada na sequência e um cruzamento para trás, também para o camisa 10, que terminou em pedido infundado de pênalti.

Apesar do rendimento discreto, Tite mostrou alívio por ver que a derrota não acrescentou nenhuma nova carga a Vinícius. E ainda aproveitou para mais uma vez pedir calma e projetar um futuro melhor para o jovem na seleção: "Era isso. Calma (risos). Ele precisa de espaço para jogar e vai melhorar. Sei que vai".