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Pré-candidato à eleição da Fifa teme boicote em favor de Joseph Blatter

06/10/2015 12h30

Um dos aspirantes à presidência da Fifa, o sul-coreano Chung Mong-joon denunciou uma possível sabotagem a sua candidatura e à própria eleição na entidade. Segundo ele, o pleito 'corre perigo de se converter a uma grande farsa' diante de uma possível sanção que pode sofrer do Comitê de Ética.

- O verdadeiro perigo é que não estão apenas sabotando minha candidatura. Estão sabotando as eleições na Fifa. Há informações dos planos de Joseph Blatter de seguir como presidente, uma vez que todos os candidatos fiquem fora. A eleição corre perigo de se converter em uma farsa - afirmou o sul-coreano, à "EFE".

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Chung Mong-joon foi vice-presidente da Fifa entre 1994 e 2011 e teme ser punido pela Comissão de Ética com 15 anos de suspensão. Ele é investigado pela entidade pela venda de votos para eleições das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e no Qatar, respectivamente.

O magnata do grupo Hyundai disse, em entrevista coletiva em Seul, que algumas pessoas na Fifa foram contrários a sua intenção de criar um fundo internacional e à participação da Coreia do Sul em vários projetos pelo mundo, por uma soma de 693 milhões de euros, até 2022.

- Nenhuma soma em dinheiro foi transferida ou fez qualquer favor pessoal em relação com esse fundo - disse o sul-coreano, recordando que a Fifa deu por encerrada a investigação em 2010 e rechaçou haver cometido alguma irregularidade por um possível intercâmbio de votos entre as candidaturas da Inglaterra, em 2018, e Corea do Sul, em 2022.

- Se a Comissão de Ética é realmente independente, deveria ter punido Joseph Blatter no caso ISL, há 20 anos. Ele e Jêróme Valcke (ex-secretário-geral) deveriam ter sido punidos para sempre por sua manipulação no caso Visa-Mastercard - analisou.