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Após seis meses parado, Kardec fala sobre receio na volta aos campos

13/10/2015 14h13

Para Alan Kardec, foram longos seis meses longe dos gramados. O atacante machucou o joelho direito em 1º de abril, na derrota do São Paulo para o San Lorenzo, por 1 a 0, pela Copa Libertadores. Treinando normalmente, o camisa 14 foi relacionado pelo treinador Doriva para a partida contra o Fluminense, nesta quarta-feira, às 22h, no Maracanã. O retorno, para Kardec, um dia chegou - e sem medo de voltar a jogar. 

- Hoje não tenho sentido receio. Claro que na parada pude fazer trabalhos de contato com companheiros, dividir a bola, ir de cabeça. Tem choque, trombada. O que acontece no treino serve para levar para o jogo. De certa forma, os treinos são diferentes do jogos. Tenho me sentido bem, espero que nos jogos também seja igual. Não sei se consigo jogar 90 minutos por partida, vai depender do jogo. Mas seu eu entrar 10, 15, 20 minutos, estarei fazendo de tudo para ajudar os companheiros da melhor forma possível - declarou o atacante, em entrevista coletiva. 

Alan Kardec foi um dos maiores beneficiados com a parada de dez dias por causa da Data Fifa. O camisa 14 conseguiu adquirir rodagem, como demonstrou no treino desta terça-feira, no qual se movimentou bastante em uma prática de metade do campo entre os jogadores reservas.

- Esses dez dias foram importantíssimos. Pude fazer trabalhos que não estava fazendo antes, principalmente porque minha primeira semana foi com o Osorio. Dividida, movimentações mais bruscas... Pude evoluir bastante na parada. Parte clínica está 100%. Imagina quando você fica parado de férias, apenas um mês, já tem dificuldade de jogar tempo maior a partida. Estou há seis meses fora. Clinicamente, estou 100%, já a parte física vou ganhando no dia-a-dia. 

Além da volta aos gramados, a parada também serviu para Alan Kardec e o grupo do São Paulo conhecer os métodos de Doriva, contratado para guiar o time na reta final de Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. 

- Coletivamente, serviu porque tivemos um trabalho bastante específico. Muito do que o grupo aprendeu nesse tempo foi com o Osorio. Agora requer tempo e paciência para o Doriva colocar o trabalho em prática, a repetição no trabalho. 

Mas o camisa 14 deixou no ar o pedido de atuar em sua posição de origem: o centroavante. 

- Não tive uma conversa direta sobre posicionamento. Jogando como centroavante não teremos tanto mistério. Dependendo da situação, posso exercer outra função, jogar mais recuado, pelos lados. Tem o Luis como centroavante. Se tiver que atuar em outra posição, estou disposo. Minha posição de origem é onde quero ter maior número de regularidade. 

Formado no Vasco, o camisa 14 terá a oportunidade de rever o Fluminense, um dos maiores rivais do Gigante da Colina. Apesar de o ex-rival estar em um momento ruim, Kardec pregou respeito.

- É um adversário dificílimo. Acompanhando mais de perto, é uma equipe com instabilidade, mas que está lutando pela parte de cima. Será importante fazer os três pontos e dar sequência nessa busca do G4. Vamos enfrentar uma equipe de muita qualidade. Nosso comandante tem levado muita confiança e motivação.