Diretor do Shakhtar: 'Para a CBF a Ucrânia não existia'
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Lviv (UCR)
Em entrevista ao jornal "El País", da Espanha, Sergei Palkin, o homem responsável por gerenciar o Shakhtar Donetsk, declarou que procurou a CBF para avisá-la sobre os jogadores brasileiros do clube. Segundo o dirigente, a entidade tinha um certo "preconceito" com atletas que atuavam no futebol ucraniano.
- Perguntávamos por que não eram convocados para a Seleção e eles diziam que não podiam assistir aos jogos da Liga da Ucrânia. Era ridículo. Para a CBF, a Ucrânia era um país impossível de se localizar. Entramos em contato para avisá-los que tínhamos alguns jogadores realmente bons, e assim começaram a prestar atenção. Mesmo assim, não ficaram totalmente convencidos.
Palkin se refere a Willian (Chelsea), Douglas Costa (Bayern de Munique) e Fernandinho (Manchester City), três nomes que atuaram pelo Shakhtar. Hoje, o trio está em evidência no futebol europeu.
Para o diretor, os latino-americanos levam, no máximo, dois anos para se adaptarem à Ucrânia. No elenco atual, são nove representantes da bandeira verde e amarela: Taison, Wellington Nem, Eduardo da Silva, Alex Teixeira, Marlos, Dentinho, Fred, Márcio Azevedo e Ismaily. Palkin explica como consegue contratar tantos brasileiros.
- Criamos um sistema especial de monitoramento de jogadores que ajustamos a cada mês. Porque coordenar os relatórios dos olheiros é difícil. Contratamos Luis Gonçalves como chefe dos olheiros, que havia trabalhado no Porto, onde criou uma rede de compra e venda de brasileiros, gerando muito dinheiro - acrescentou.
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