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'Adeus, Olímpico', títulos gaúchos e vices: os 10 anos do Grêmio após a Batalha dos Aflitos

26/11/2015 17h37

LANCE!

Porto Alegre (RS)

No dia 26 de novembro de 2005, os gremistas viveram um dos dias mais marcantes da história do Grêmio. Passados dez anos do episódio, eternizado como "A Batalha dos Aflitos", não faltaram momentos de emoção para o clube.

De lá para cá, foram três títulos do Campeonato Gaúcho - 2006, 2007 e 2010. Já em 2009, 2011, 2014 e 2015, o Grêmio perdeu o estadual para o Internacional. Os vices não pararam por aí. 

Em 2008 e 2013, o Tricolor Gaúcho ficou na segunda posição da Série A do Brasileirão. Em 2007, amargou o vice da Copa Libertadores, para o poderoso Boca Juniors. 

Também sobrou emoção na mudança do Estádio Olímpico para a nova Arena do Grêmio, em 2013. Então, o LANCE! fez a retrospectiva do que mais importante aconteceu na última década do Tricolor Gaúcho.

2006-2008: Bicampeão Gaúcho, Grêmio 'fica no quase' na Libertadores e Brasileirão

Os anos seguintes ao histórico retorno à Série A do Campeonato Brasileiro foram especiais para o Grêmio. Logo em 2006, o time comandado por Mano Menezes conquistou o Campeonato Gaúcho, título que não vinha desde 2001. Além disso, o Imortal surpreendeu e ficou em terceiro lugar no Brasileirão, classificando-se para a Copa Libertadores-2007.

O ótimo trabalho de Mano Menezes teve continuidade e o Grêmio conquistou o bicampeonato gaúcho. Além disso, o Imortal, com a força do Estádio Olímpico, chegou às finais da Libertadores. No entanto, o título continental não veio: derrotas para o Boca Juniors de Riquelme, Palermo e Palacio em Buenos Aires e Porto Alegre.

No fim da temporada, com sexta posição no Brasileiro, Mano Menezes deixou o comando do Grêmio para assumir o Corinthians. Vagner Mancini foi contratado, mas sua passagem durou apenas oito partidas. Celso Roth foi contratado e, apesar da descrença no trabalho do treinador, o time acabou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro.

2009-2011: Último título e trocas no comando

Mesmo vivo na Libertadores, Celso Roth não suportou a derrota no clássico contra o Internacional e foi demitido em abril de 2014. Com Paulo Autori, o Grêmio caiu nas semifinais para o Cruzeiro e no Brasileiro um modesto oitavo lugar.

Assim, Silas iniciou o ano de 2010 como técnico do Grêmio. No Gauchão, os gremistas venceram o Internacional e conquistaram o último título do Imortal. Silas, no entanto, só ficou no clube até agosto. Renato Portaluppi assumiu a equipe, que saiu da zona de rebaixamento para a quarta posição, classificando-se novamente para a Libertadores.

No entanto, a queda nas oitavas de final da competição continental e o vice-campeonato estadual, derrubaram Renato Portaluppi do cargo. Julinho Camargo e Celso Roth ainda dirigiram o Grêmio em 2011, que acabou sem títulos e na 12ª posição no Brasileiro.

2012-2013: Mudando de casa

O ano de despedida do Estádio Olímpico foi cercado por expectativa. Porém, começou da pior maneira possível. Caio Júnior foi demitido após oito jogos e o Grêmio por Caxias e Internacional no Gauchão. Já sob o comando de Luxemburgo, o Imortal fez boa campanha no Brasileirão. Mas o troféu não veio, nem na Copa do Brasil, onde foi eliminado pelo Palmeiras.

A partida de despedida do Olímpico estava marcada para a rodada final do Brasileirão. Grêmio e Internacional empataram em 0 a 0 no dia 2 de dezembro de 2012, diante de mais de 46 mil já saudosos gremistas.

No entanto, as obras da nova Arena atrasaram e o Tricolor Gaúcho acabou jogando no Olímpico em 2013. A última partida foi contra o Veranópolis, pelo Gauchão, no dia 17 de fevereiro.

A estreia da Arena foi contra a LDU (EQU) e teve sua dose de emoção e dramaticidade. Após perder por 1 a 0 em Quito, o time de Luxa precisava da vitória para avançar à fase de grupos da Libertadores. Elano marcou no tempo normal, Grohe brilhou na disputa de pênaltis e o Grêmio começou sua história na Arena com o pé direito.

A queda nas oitavas de final, para o Santa Fé (COL), custou a demissão de Luxemburgo. E quem voltou ao comando técnico foi Renato Portaluppi, que classificou o time para a Libertadores.

2014-2015: De Felipão a Roger Machado

Sem a renovação de contrato de Renato Portaluppi, o Grêmio apostou em Enderson Moreira como técnico. A passagem durou até agosto, com nova queda na Libertadores e vice no Campeonato Gaúcho.

Assim, o Tricolor Gaúcho resolveu contratar Luiz Felipe Scolari. Multicampeão pelo clube, o técnico vinha do fracasso na Copa do Mundo de 2014, no comando da Seleção Brasileira.

A aposta não deu certo. Sem vaga na Libertadores, com problemas financeiros e novo vice do estadual em 2015, o Grêmio passou por uma reforma em seu departamento de futebol no início desta temporada.

Sem os medalhões, como Marcelo Moreno e Barcos, e com Roger Machado como técnico, o Grêmio iniciou o Brasileiro de 2015 desacreditado, mas o ex-lateral esquerdo deu espaço para jovens da base e o clube fez uma grande campanha e está praticamente confirmado na Libertadores da próxima temporada.