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Ganso 'agradece' mais organização após trocas seguidas de treinador

Ganso celebra evolução da equipe a partir dos trabalhos realizados por Bauza - Rubens Cavallari-11.nov.2015/Folhapress
Ganso celebra evolução da equipe a partir dos trabalhos realizados por Bauza Imagem: Rubens Cavallari-11.nov.2015/Folhapress

09/02/2016 12h47

Em 2015, o São Paulo começou o ano com Muricy Ramalho, teve Milton Cruz como interino por um mês, conheceu a filosofia do rodízio de Juan Carlos Osorio, viu passagem rápida de Doriva e terminou novamente com Milton Cruz. Diante de tantas mudanças, o time sofreu com críticas pela falta de organização em campo e, ainda assim, conseguiu se classificar para a fase preliminar da Copa Libertadores da América.

Agora, com menos de dois meses de trabalho de Edgardo Bauza, há um consenso entre os próprios atletas de que a equipe já está mais organizada. E é apoiada no trabalho mais seguro do treinador argentino que o meia Paulo Henrique Ganso espera crescer de rendimento ao lado dos companheiros, eliminar o César Vallejo (PER) e entrar na fase de grupos da Libertadores.

"Depois de tantas mudanças na comissão técnica, a organização tática que temos agora no campo está ajudando a mim e a todo o time. Vamos mostrar isso na quarta-feira (21h45, no Pacaembu) e conquistar a classificação. Osorio era um cara que arriscava mais, saía com a bola no chão e gostava de apertar a marcação, como o Muricy. O Bauza, apesar de estar no começo, vejo que gosta de jogar em três quartos do campo, sem recuar, mas sem apertar", explicou.

A forma mais organizada com que o São Paulo tem se apresentado permitiu a Ganso se destacar nos primeiros jogos do ano. Em quatro partidas, ele soma um gol e uma assistência e sabe que depende do próprio esforço para seguir crescendo. Referência técnica e atleta com mais jogos no clube no atual elenco, ele só pensar em passar pelo César Vallejo.

"O mais importante é a classificação. Jogar bonito ou feio não importa, é a vaga que vai deixar a gente e a torcida felizes. Meu projeto é ajudar o São Paulo a conquistar títulos, é assim que as pessoas te olham melhor e você volta à Seleção Brasileira. Bauza cobra muito de mim e de todo elenco, assim como eu me cobro. O resto depende de mim", destacou o Maestro.

Confira outros trechos da 1ª entrevista coletiva de Ganso em 2016:

Como controlar o peso do favoritismo?

O jogo só foi tão elogiado no Peru porque a gente se dedicou, movimentou, posicionou bem e criou as chances de gol. Uma pena que a gente não as concretizou. Temos que entrar com a mesma postura ou até melhor para fazer os gols. É preciso atenção para não ser surpreendido. Libertadores não tem jogo fácil, temos que entrar com concentração total.

O que espera do time e da torcida no Pacaembu?

A torcida vai nos apoiar e vamos em busca da classificação. Gostamos do Pacaembu porque tem um gramado de muita qualidade, o jogo fica rápido e tem um campo menor, o que ajuda muito. Tenho como grande recordação aqui a final do Campeonato Paulista de 2010, quando ajudei o Santos a ser campeão. Foi mais marcante individualmente, mesmo tendo ganhado a Libertadores de 2011 no Pacaembu também.

Bauza bancar Alan Kardec diante do sucesso de Calleri é algo saudável?

Calleri é um cara que chegou muito bem, o Patón já conhecia e por isso já se sentiu mais à vontade. Ele até tem brincado com a gente, ainda bem que ele está feliz e que torcerá do banco, dando força. Isso é bom para todo o elenco. O treinador confia no atleta, mas o atleta sabe que tem uma sombra. Você precisa se dedicar sempre para não perder lugar.