Valcke pega 12 anos de punição da Fifa por venda ilegal de bilhetes da Copa
A câmara decisória do comitê de ética da Fifa proibiu Jérome Valcke de exercer qualquer atividade ligada ao futebol pelos próximos 12 anos e multa de 100 mil francos suíços (R$ 409 mil). Ex-braço direito de Joseph Blatter no comando da entidade, Valcke recebeu punição por envolvimento em revenda de ingressos de Copas do Mundo no Brasil.
Valcke ficou encarregado de monitorar o andamento das obras da Copa do Mundo no país. Em comunicado oficial, o órgão que julgou Valcke informou que durante a investigação da venda de bilhetes da Copa foram descobertas diversas outras ações ilegais cometidas pelo dirigente francês.
Valcke já havia sido expulso do cargo de secretário-geral da Fifa por conta da comercialização de ingressos de Mundiais. Antes de ser demitido, Valcke tinha sido afastado do cargo, em setembro de 2014, quando o comitê avançou nas denúncias recebidas. Inicialmente, a previsão era de que Valcke pegasse nove anos de gancho.
Outros procedimentos de Valcke que a Fifa reprovou:
Venda de direitos de transmissão - Valcke tentou repassar os direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022, destinadas ao Caribe, para um terceiro, com valores muito abaixo do valor real. Não é revelado quanto o dirigente ganhou de propina para fechar esta transação.
Gasto excessivo com a verba da Fifa – Valcke usava verba da empresa para uso puramente turístico, não havendo qualquer conexão com trabalhos à frente da Fifa. O dirigente comprava as passagens em primeira classe, colocando também familiares.
Ocultação de provas - Valcke teria destruído provas que o incriminariam, dificultando a investigação.
Valcke violou os artigos 13 da Fifa (Regras gerais de conduta), artigo 15 (fidelidade), artigo 16 (confidencialidade), artigo 18 (dever de informação, cooperação e comunicação), artigo 19 (Conflito de interesses), artigo 20 (oferta e aceitação de presentes e outros benefícios) e artigo 41 (Obrigação das partes a colaborar) do Código de Ética da Fifa.
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