Promotor espanhol compara Messi a líder de estrutura criminosa
O advogado que representa o Estado espanhol na ação contra o atacante Messi considera que o jogador do Barcelona age como o "líder de uma estrutura criminosa".
O craque argentino e o pai, Jorge Messi, são acusados de desviarem do Fisco Espanhol 4,1 milhões de euros (R$ 16,5 milhões) relativos a contratos de direitos de imagens, de 2007 a 2009.
"Os dois são capazes de entender o que é pagar impostos. Até uma criança de dez anos sabe o que é isso. Não quero comparar Messi a um mafioso, mas é como se ele fosse o "capo" [líder] de uma estrutura criminosa", disse o promotor Mario Maza, em nome da Agência Tributária.
O Ministério Público da Espanha pediu 22 meses de prisão para o jogador e o pai por conta do esquema ilícito. A investigação começou em 2013. Em 2005, a família de Messi teria sido aconselhada por seu ex-assessor Rodolfo Schinocca a fundar uma empresa em Belize para o depósito do dinheiro relacionado aos direitos de imagem.
Em 2015, a família rompeu com Schinocca e substituiu a empresa em Belize por outra no Uruguai, continuando a receber pelos direitos de imagem, sem pagar os impostos à Fazenda espanhola.
Na última quinta-feira, Messi depôs em um tribunal de Barcelona. O craque alegou que não entendia sobre o tema e afirmou que deixava todos os contratos para o pai e os advogados assinarem. As palavras do camisa 10 não convenceram Maza.
"Não resta dúvida de que Messi está conseguindo benefícios ao pagar impostos em outros países. O jogador sabia muito mais do que aparentava no discurso", completou.
Messi ainda aguarda definição sobre o fim do processo que o acusa de fraude fiscal na Espanha. De acordo com a imprensa do país, a fiscal Raquel Amado - uma das partes envolvidas - solicitou que o jogador fosse absolvido, mas culpando seu pai Jorge pelos crimes.
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