Dorival pede limite à rivalidade Santos x Palmeiras: "O esporte perdeu"

Dificilmente a tensão no clássico entre Palmeiras e Santos, nesta terça-feira, no Allianz Parque, será a mesma dos jogos do ano passado, quando as equipes se enfrentaram sete vezes em três competições diferentes e houve diversas provocações e brigas.

O duelo mais marcante foi entre o goleiro Fernando Prass e o atacante Ricardo Oliveira, que se estranharam em mais de um jogo. Na final da Copa do Brasil, jogadores do Verdão até fizeram uma máscara imitando uma comemoração do centroavante do Alvinegro para satirizar o jogador.

"Quando não fomentamos uma ideia, é natural que isso acabe e que disputemos dentro de campo", disse o técnico santista Dorival Júnior. "Isso (provocações) não leva a nada. Temos que respeitar mais, valorizar as equipes. Não temos que valorizar os exageros dos jogos anteriores. Todos nós perdemos, independentemente do resultado. O esporte perdeu porque valorizamos mais o extracampo do que o que aconteceu nas quatro linhas".

Entre os técnicos, o clima é amigável. Dorival até cobrou de Cuca uma dívida antiga - mas sem revelar qual foi a aposta.

"Para quem está devendo um jantar, é obrigação pagar um pastel pelo menos. Ele (Cuca) não lembra dessa aposta, está com uma certa idade, diz que não se lembra... Foi lá atrás e ele lembra disso. Um dia eu cobro ele em um restaurante. É brincadeira, mas quem sabe eu consiga tirar algo (risos)", brincou Dorival.

Nos dois clássicos que fizeram em 2016, jogadores de Peixe e Verdão tiveram discussões consideradas normais para o ritmo de uma partida. A declaração mais ríspida foi do zagueiro palmeirense Vitor Hugo, que antes da disputa de pênaltis da semifinal do Paulistão, na Vila Belmiro, disse:

"Eles já estavam gritando 'eliminado', mas agora terão pênaltis. Vamos ver quem será eliminado", disse o defensor, se referindo ao canto da torcida santista antes do Palmeiras empatar a partida em 2 a 2. Nas penalidades, o Santos avançou à final, e posteriormente foi campeão.