São Paulo espera Chávez no fim de semana e explica situação de Buffarini
O São Paulo tem expectativas bastante distintas sobre quando receberá seus dois últimos reforços da janela de transferências internacionais. Para Julio Buffarini, segue a apreensão sobre as divergências na operação pelo TMS da Fifa. Para Andrés Chávez, o otimismo fala mais alto e o atacante é esperado já para este fim de semana no CT da Barra Funda.
Cedido pelo Boca Juniors (ARG) por uma temporada, o jogador de 25 anos resolve apenas questões burocráticas na Argentina antes de se apresentar ao novo clube. Quando estiver liberado pela Polícia Federal brasileira e com visto de trabalho, poderá iniciar os treinos e ser apresentado. Como vinha jogando no Boca, não deve demorar para estrear.
Já a indefinição por Buffarini por se arrastar por até 15 dias. O clube paulista precisa aguardar a decisão do "player status" da Fifa para saber se a compra junto ao San Lorenzo (ARG) foi validada na última terça-feira. Na ocasião, as equipes cruzaram os dados da transferência a um minuto do fim da janela brasileira de contratações, mas a CBF perdeu o prazo para confirmar a compra.
Os tricolores alegam ter "provas robustas" de que a transação obedeceu o prazo definido e, segundo o diretor-executivo Gustavo Oliveira, o San Lorenzo já se prontificou a reforçar a defesa diante da Fifa. Basicamente, os clubes comprovarão o horário da operação com "prints" das telas dos computadores. Caberá à CBF se explicar para solucionar o caso.
O que a Fifa precisa conceder é um mecanismo chamado "validade de exceção". O problema é que ele costuma ser aplicado para transações em que falhas técnicas interfiram no resultado. Especialistas em direito esportivo dizem que neste caso o erro parece ter sido humano, causado pela demora para concluir as negociações por Buffarini.
O São Paulo alega que houve um desencontro para fechar os últimos detalhes com o presidente do San Lorenzo, Matías Lammens. O dirigente argentino estava em reunião na Associação de Futebol Argentino (AFA) e retardou o desfecho da transação, que também se estendeu pela barganha tricolor - de U$ 2,5 milhões (R$ 8,1 milhões) para U$ 1,8 milhões (R$ 5,9 milhões).
Como os julgamentos da Fifa para casos do tipo são mantidos em sigilo, o São Paulo não tem um histórico para se apoiar e aumentar ou diminuir as esperanças. O fato é que o clube admite que pode ver o negócio fracassar, mas confia que tem provas e argumentos suficientes para receber a validade de exceção da Fifa. Caso contrário, terá de sair novamente ao mercado e deixará Edgardo Bauza frustrado com a ausência de seu pedido mais insistente.
Buffarini, na teoria, encerraria o ciclo de contratações para o segundo semestre. Os tricolores acreditam que as necessidades do elenco foram preenchidas e que possíveis alvos do Campeonato Brasileiro já atingiram o limite de sete partidas em suas equipes. Reforços agora só em situações muito específicas de oportunidades.
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