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Incomodado com 'assunto Argentina', Bauza pede reforços no São Paulo

24/07/2016 19h00

O técnico Edgardo Bauza adota posturas diferentes com a imprensa brasileira e argentina para falar da possibilidade de dirigir a seleção de seu país. Após comentar até a situação de Messi na última sexta-feira e dizer que seria um desafio lindo, ainda em Buenos Aires, neste domingo, após a derrota do São Paulo para o Grêmio, o argentino evitou o assunto. E até ficou incomodado com a insistência na questão. Ele é cotado para substituir Gerardo Martino no comando da Argentina.

- A última vez que respondo uma pergunta sobre isso. Os dirigentes da AFA queriam falar comigo. Falamos de futebol e nada mais. E eles decidirão o treinador. Foi a título de conhecimento. Nada mais - disse Bauza, exaltado.

Em seguida, outra pergunta sobre o assunto. Bauza foi perguntado se acredita na resolução rápida do assunto ou se a AFA deve demorar para escolher seu treinador.

- Não tenho ideia. Não é um problema meu - limitou-se a dizer.

Patón também avaliou a partida, considerada por ele a pior do São Paulo no Campeonato Brasileiro.

- Jogamos a nossa pior partida do campeonato. E quando se joga mal, se perde. Grêmio jogou melhor, nos defendemos muito bem até o gol. Fizemos muito pouco ofensivamente, a equipe teve dificuldade para ficar com a bola. Os jogadores por baixo não conseguiram. Jogaram mal e quando se joga mal, difícil ganhar - analisou.

O treinador voltou a reclamar da maratona de jogos e, apesar da possibilidade de sair, pediu reforços. No entanto, com o fim da janela de transferências internacionais, apenas jogadores que atuam no Brasil podem chegar.

- Nós fizemos a partida de número 44 e quase a metade das partidas do Brasileirão jogamos com equipe alternativa, quase reserva. Isso trouxe problemas. Por isso estamos tratando que chegue dois ou três jogadores para poder jerarquizar ao máximo o plantel que temos, para disputar, não só contra Corinthians, Palmeiras, mas contra todos. São Paulo tem a obrigação de ganhar todos - afirmou Bauza.

O treinador tem contrato até dezembro deste ano com o São Paulo, mas não há multa rescisória. Ele disse aos dirigentes que não recebeu proposta da Argentina. A diretoria, por sua vez, esperava a continuidade do técnico antes da partida contra o Grêmio.